A polícia maranhense afirma que mais de R$ 5 milhões foram desviados pela gestão Arlene Costa, entre 2009 e 2012. Só para a conta pessoal de “Eduardo DP” foram desviados mais de R$ 3,6 milhões.
Por Oswaldo Viviani
Policiais civis da
Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (Seccor) prenderam, na manhã
de hoje (19), pela segunda vez, a ex-prefeita de Dom Pedro Maria Arlene Barros
Costa, 62 anos. Ela foi presa em sua casa, no bairro do Renascença, em São
Luís.
A prisão da ex-gestora –
preventiva, sem prazo para terminar – se deu no âmbito da segunda fase da
“Operação Imperador”, que investiga um esquema de agiotagem e fraudes em licitações
na cidade, localizada a 324 quilômetros de São Luís, na região dos Cocais.
A primeira fase aconteceu em 31
de março de 2015 e prendeu Arlene Costa e seu filho Eduardo José Barros Costa,
41 anos, conhecido como “Eduardo DP” ou “Imperador”. Eduardo Costa também tem
contra si mandado de prisão na operação de hoje, mas até as 9h30 ele ainda não
havia sido capturado pelos policiais da Seccor. A “Imperador 2” ainda está em
andamento.
A polícia maranhense afirma que
mais de R$ 5 milhões foram desviados pela gestão Arlene Costa, entre 2009 e
2012. Só para a conta pessoal de “Eduardo DP” foram desviados mais de R$ 3,6
milhões.
A “Operação Imperador 2” foi
desencadeada para cumprir vários mandados de prisão expedidos pelo juiz da
comarca de Dom Pedro, Carlos Eduardo Coelho de Sousa, que acatou denúncia
oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE). O promotor Marcos Valentim
Pinheiro Paixão (Patrimônio Público e Probidade Administrativa) acompanha a
operação de hoje.
Além de Arlene Costa, foram
presos, na manhã de hoje, Rodrigo Barros Amâncio (sobrinho da ex-prefeita;
conduzido coercitivamente na “Operação Imperador 1”) e Débora de Oliveira
Amaral (empresária). Ambos são acusados de participar do esquema criminoso
estabelecido na prefeitura de Dom Pedro durante a gestão de Arlene. As prisões
de Rodrigo e Débora também são preventivas.
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