Dilma disse que os golpistas pretendem
tirar 36 milhões de pessoas do Bolsa Família, mas anunciou um aumento médio de
9% nos benefícios.
A presidente anunciou ainda a correção
de 5% na tabela do Imposto de Renda e disse que o pré-sal será a "primeira
vítima" de promessa do vice-presidente Michel Temer de "privatizar
tudo o que for possível"
Ouça a íntegra do discurso da presidente Dilma Rousseff
do Brasil 247
A presidente Dilma Rousseff acaba de
anunciar, no Primeiro de Maio organizado pela Central Única dos Trabalhadores
no Vale do Anhangabaú, o aumento de 9% no Bolsa Família e a correção de 5% na
tabela do Imposto de Renda.
"Esse aumento não foi decidido
agora e já estava previsto no orçamento", disse a presidente.
Num duro discurso neste domingo, ela
afirmou que o golpe parlamentar em curso no Brasil visa destruir a Consolidação
das Leis do Trabalho.
"Querem transformar a CLT em letra
morta. Sabe como vão fazer isso? Dizendo que o negociado deve prevalecer sobre
a lei. Ou seja: menos do que a lei. Nós aceitamos, desde que seja mais do que a
lei."
Dilma disse ainda que os golpistas
pretendem tirar 36 milhões de pessoas do Bolsa Família, mas anunciou um aumento
médio de 9% nos benefícios. Também lembrou que aliados do vice-presidente
Michel Temer já anunciaram o fim dos reajustes dos aposentados e da política de
correção do salário mínimo.
"Querem acabar com uma política que
permitiu a elevação, em termos reais, de 76% do salário mínimo", afirmou.
"O golpe é contra a democracia e contra os direitos dos
trabalhadores".
A presidente Dilma também falou sobre a
promessa do vice-presidente Michel Temer de privatizar tudo o que for possível.
"A primeira vítima será o pré-sal", afirmou.
Eduardo Cunha
Dilma também citou nominalmente o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e disse que ele foi o principal
agente da desestabilização de seu governo. "Não aprovaram nenhuma das
nossas reformas. Sabe por quê? Porque o PT se negou a dar três votos que
impediriam sua cassação. Até o subscritor dessa peça do impeachment, o advogado
Miguel Reale Júnior, ex-ministro do presidente Fernando Henrique, disse que se
tratava de chantagem explícita e abuso de poder".
Dilma bateu duro no golpe, ao dizer que
"se fazer isso com uma presidente da República, o que serão capazes de
fazer com o cidadão ou a cidadã anônima".
Ela afirmou ainda que o projeto que
querem impor ao Brasil não é aquele que venceu nas urnas. "Se querem isso,
se coloquem sob o crivo do povo brasileiro. Chegar ao poder, sem voto, e numa
eleição indireta, não! Não passarão!".
Outros pontos do discurso:
"Já vimos golpe militar, com uso de armas, mas esse é um golpes especial: rasgam a Constituição".
"Os golpistas se alinharam com traidores do nosso lado para fazerem uma eleição indireta".
"Os golpistas são responsáveis pela crise na economia, pelo aumento do desemprego".
"O golpe não é só contra o meu mandato, contra mim, mas contra o povo, a democracia e a Constituição. Quando você rompe a democracia, rompe para todos. É um golpe contra as conquistas dos trabalhadores".
"Eles propõem o fim da política de valorização do salário mínimo, que garantiu, ao longo do governo Lula e do meu, 76% de aumento acima da inflação; o fim do reajuste dos aposentados, desvinculando da política de salário mínimo; transformação da CLT em letra morta, onde o negociado se sobrepõe à lei; privatização de tudo o que for possível, e a primeira vítima será o pré-sal; acabar a obrigatoriedade de gasto com saúde e educação; vão 'revisitar' o Pronatec e o Minha Casa Minha Vida; e acabar com parte do Bolsa Família, beneficiando somente 5% dos pobres, o que representa 10 milhões de pessoas. Hoje são atendidas 47 milhões de pessoas".
"Eu vou resistir. Lutei a minha vida inteira. Lutei e resisti à ditadura. Essa luta é mais ampla. É uma luta em favor de todas as conquistas sociais".
Não e um comentário e sim uma denúncia, existe professor efetivo da rede municipal recebendo bolsa família, como confirmar
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