"Já sabíamos que a essa altura dos acontecimentos seria difícil conseguir uma vitória. Mas a AGU (Advocacia-Geral da União) fez certo. Tinha que recorrer. Hoje é difícil ser um placar favorável, mas vamos entrar com várias ações no STF depois".
DÉBORA ÁLVARES
LEANDRO COLON
MARIANA HAUBERT
FOLHA DE S. PAULO/DE BRASÍLIA
Uma das principais vozes em defesa de
Dilma Rousseff, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) lamentou no início da tarde
desta quarta-feira (11) a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)
Teori Zavascki que negou o recurso para suspender a sessão que analisa a abertura
do processo de impeachment da presidente da República.
"Já sabíamos que a essa altura dos
acontecimentos seria difícil conseguir uma vitória. Mas a AGU (Advocacia-Geral
da União) fez certo. Tinha que recorrer. Hoje é difícil ser um placar
favorável, mas vamos entrar com várias ações no STF depois".
O senador participa nesta quarta (11) da
sessão de votação da abertura do processo de impeachment de Dilma. Com a
maioria simples dos presentes no plenário no momento da apreciação, a
presidente é afastada de seu cargo por até 180 dias. Quem assume é o
vice-presidente Michel Temer (PMDB).
O senador petista avalia que o governo
de Temer será marcado pela "ilegitimidade". "As pessoas não o
elegeram. Ele vai precisar tomar medidas impopulares. Tenho muita esperança de
que em quatro, cinco meses, possamos reverter a situação aqui".
Segundo o congressista, apesar de haver
maioria formada no plenário atualmente pela abertura do julgamento, o cenário
não é o mesmo no julgamento final.
"Tem muita gente dizendo que vota
pela admissibilidade, mas que ainda vai formar juízo pelo julgamento. Acho que
o governo Temer vai ser de crise, desconfiança da população. Se ele não tiver
popularidade, que hoje já é muito baixa, terá dificuldade de se manter no
cargo".
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