Em sua explanação, Flávio Dino fez uma abordagem da conjuntura nacional e ressaltou que as instituições políticas vivem uma crise muito aguda, sobretudo no descrédito e distanciamento da sociedade, com prejuízos na sua funcionalidade e operacionalidade.
O governador Flávio Dino
participou, nesta terça-feira (21), do ‘Encontro Estratégico: Nordeste 2030 –
Desafios e Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável’, promovido pelo
Tribunal de Contas da União (TCU), no Centro Administrativo Presidente Getúlio Vargas
(CAPGV), sede do Banco do Nordeste, em Fortaleza. O evento reuniu todos os
governadores do Nordeste para debater, entre vários assuntos, a importância do
planejamento de longo prazo.
Com o tema ‘Reconstruindo a
Confiança no Setor Público para a Implantação de Políticas Prioritárias em prol
do Desenvolvimento Sustentável’, o painel no qual o governador Flávio Dino
participou foi mediado pelo ministro substituto do TCU, Marcos Bemquerer e
contou também com a presença dos governadores de Alagoas, Renan Filho, e de
Sergipe, Jackson Barreto.
Em sua explanação, Flávio Dino
fez uma abordagem da conjuntura nacional e ressaltou que as instituições
políticas vivem uma crise muito aguda, sobretudo no descrédito e distanciamento
da sociedade, com prejuízos na sua funcionalidade e operacionalidade. Ele
explicou que a saída para esse momento de instabilidade tem dois âmbitos que se
confundem.
“Acredito que é fundamental
nesse momento, em primeiro lugar, desejar e compreender que é imprescindível
repactuar as relações entre as várias forças políticas brasileiras, diante de
um diálogo de alto nível, em questões programáticas, sobretudo, para solução da
crise econômica muito aguda que causa desemprego de milhões de brasileiros.
Essa é a agenda principal”, esclareceu.
Ainda de acordo com o governador
do Maranhão, a agenda punitiva, repressiva e policial tem que continuar. “A
Operação Lava Jato tem que continuar, mas nós temos que ter a capacidade de
entender que só isso não é suficiente para que o Brasil saia da crise. É
preciso que os políticos e a sociedade mobilizada façam sua parte”, enfatizou.
Para Flávio Dino, a falta de uma
forma política concreta fez com que o sistema político institucional atual
caminhasse para a inviabilização. “Lamentavelmente ele não se auto reformou e
veio a reforma de fora para dentro, mediante exatamente essas ações
investigativas e repressivas”, realçou.
Segundo o governador do
Maranhão, é hora de, mediante a reconexão da política com a sociedade,
estabelecer condições para a política ocupar o papel que é seu, modo
insubstituível, que é fazer uma agenda positiva enfrentando os grandes
problemas nacionais. “Nós perdemos essa dimensão nos últimos anos e isso é
muito grave. Acho que essa é a questão principal hoje a ser tratada quando nós
falamos de Estado e setor público”, finalizou.
Também participaram do ‘Encontro
estratégico: Nordeste 2030 - Desafios e Caminhos para o Desenvolvimento
Sustentável’, o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Marcos Holanda, o
vice-presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, os ministros do TCU José
Múcio Monteiro, Augusto Nardes e Benjamin Zymler e os governadores do Ceará,
Camilo Santana; da Bahia, Rui Costa; do Piauí, Wellington Dias; da Paraíba,
Ricardo Coutinho e de Pernambuco, Paulo Câmara.
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