Editorial JP, 29 de junho
Uma excursão de jornalistas, liderada
pelos secretários Márcio Jerry e Robson Paz, percorreu, na última
segunda-feira, obras realizadas em São Luís através de parceria entre a
Prefeitura e o governo do Estado. Foi possível ver 17 quilômetros de vias recuperadas
no Anjo da Guarda, 12 quilômetros na Vila Embratel, a Maternidade Nossa Senhora
da Penha moderna, nova, luminosa, que em seis meses realizou 6.841 atendimentos
e 732 partos.
Passamos por restaurantes populares,
praças, pelas obras do Hospital do Servidor que deve ser entregue até dezembro
de 2017; a Estação de Tratamento de Esgoto do Vinhais, que vai alcançar 40
bairros e beneficiar 350 mil moradores; a Avenida Interbairros, que alcança
8.565 metros e inclui a Ponte Pai Inácio como alternativa de tráfego de
diversos bairros, e ouvimos sobre a intervenção no Retorno da Forquilha, além
das obras da Prefeitura e do Estado na Cidade Operária, no São Cristovão, na
Alemanha, a reurbanização do Coroadinho e o indispensável Hospital da Criança,
em construção, que contará com 91 leitos de internação, nova Unidade de Terapia
Intensiva, equipamentos modernos, alta tecnologia, mecanização completa, fora
25 enfermarias com 178 leitos de internação que se somam aos já existentes.
Mas foi na bela e arquitetonicamente sui generis Praça da Lagoa, entre
brinquedos adaptados para crianças com deficiência, jacarés de madeira de lei
da boca grande, um parquinho emoldurado por brinquedos lúdicos, dentre outras
atrações, que nos deparamos com os fantasmas, enquanto a assessoria da Prefeitura
informava que são 28 praças como aquela sendo inauguradas em São Luís.
O primeiro fantasma foi uma serpente
milionária do governo Roseana Sarney e com problemas estomacais, pois a Lagoa
nunca cheirou tão mal quanto àquela época. Acostumada a nadar só em dinheiro,
na Lagoa a serpente se afogou. O outro foi um contrato sem licitação de quase 7
milhões de reais com a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão para,
imaginem, elaborar projetos e ações integradas para despoluição da Lagoa. A coisa
era tão doida que, ao que parece, pretendiam jogar bactérias na Lagoa da Jansen
para acabar com o mau cheiro.
E teve também o fantasmão, gordão,
grandão, quando o deputado Sarney Filho, 11 anos antes, em 2001, na condição de
ministro do Meio Ambiente, enviou para o governo da irmã Roseana R$ 30 milhões
para, imaginem, despoluir a Lagoa. Por enquanto só dá para contar cerca de R$
40 milhões e quatro fantasmas rondando uma Lagoa que nunca foi despoluída. E
ainda deu para lembrar que em passado ainda mais remoto, quando existia a
Surcap, chegaram vender lotes de terrenos dentro da Lagoa. Mas era assim, nos
tempos dos Sarney.
Nenhum comentário:
Postar um comentário