Dados sobre a repartição de
vantagens indevidas pagas por empresas beneficiadas por apontes do FI-FGTS se
baseiam na delação premiada de Fábio Cleto
POR GUSTAVO AGUIAR,
FÁBIO FABRINI,
FABIO SERAPIÃO
O Estado de S. Paulo/ de
Brasília
Ao pedir ao Supremo Tribunal
Federal (STF) a prisão do corretor Lúcio Bolonha Funaro na Operação Lava Jato
nesta sexta-feira, 1, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou
um esquema de divisão de propinas pagas por empresas em troca de aportes do
Fundo de Investimento do FGTS. O principal beneficiário seria o presidente
afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
As afirmações de Janot se
baseiam na delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto,
antecipadas nesta sexta-feira pelo estadão.com. Conforme o delator, Cunha
cobrava comissões sobre o valor dos investimentos feitos pelo fundo. Os
porcentuais, variáveis, giravam em torno de 1%.
Do montante supostamente pago
pelas empresas, 80% ficaria com o deputado, 12% com Funaro, 4% com Cleto e 4%
com Alexandre Margotto, funcionário de Funaro.
Funaro é aliado de Cunha e
responsável por indicar Cleto ao cargo na Caixa. Em troca, o ex-executivo
deveria garantir qualquer solicitação feita pelo parlamentar no FI-FGTS.
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