O
corte de privilégios e o fim da corrupção que até 2014 não saía das páginas dos
jornais do mundo, pelo governo Flávio Dino, está permitindo ao Maranhão
enfrentar a crise sem sacrificar a vida do servidor público estadual.
Editorial JP, 02 de agosto
A crise econômica brasileira faz
vítimas em todos os setores da vida pública e privada. O desmantelamento moral
que aos bilhões direcionou recursos públicos para contas particulares, sugando
estatais, bancos oficiais e retalhando em postas as instituições do país,
atingiu violentamente o funcionalismo público nos estados.
Um estudo publicado por
especialistas no jornal “Extra” mostra que os atentados à dignidade e
sobrevivência do funcionalismo patrocinaram bem mais que o simples atraso de
pagamento, mas também o escalonamento e até o sórdido parcelamento dos salários
dos servidores públicos. O nome disso é, sim, ataque à sobrevivência, pois quem
recebe salários escalonados, parcelados ou em atraso vive permanentes
dificuldades financeiras, não tem como pagar suas contas, cada vez mais altas,
está manietado economicamente pelos juros escorchantes do país. E paga impostos
que fazem saltar os olhos da cara.
Apenas 12 dos 27 estados
brasileiros continuam pagando os vencimentos do funcionalismo no mesmo mês de
competência, entre estes 12 o Maranhão. O restante, paga com atraso ou quase
nem paga. Oito estados alongam ou mantém os depósitos até os primeiros dias do
mês seguinte. Outros sete vivem situações críticas de parcelamento: Amapá,
Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe. Entre
estes últimos 15 não está o Maranhão.
Nos casos de Minas Gerais, Piauí
e Rio Grande do Sul, os parcelamentos se repetem desde o final do ano passado.
Um tormento o trabalhador nunca saber quando nem quanto vai receber de seu
salário a cada mês. Há casos de escalonamentos criminosos, como o daqueles que ganham acima de dois mil reais
só receberem após o décimo dia do mês vindouro. Um crime. No Rio Grande do Sul,
pagamentos já foram divididos em até seis parcelas! Vá se alimentar, vestir,
trabalhar e estudar com um barulho desses. No Rio de Janeiro, salários atrasam
desde novembro do ano passado e o décimo terceiro foi parcelado em 5 vezes.
Além da corrupção e da
incompetência imanente, houve casos de leniência com os reajustes, quase sempre
por razões eleitorais e esses estados agora estão pagando o preço. Houve
governos que aumentaram afolha de pagamento em até 70 %.
E, sendo o Maranhão,
famosamente, por razões que não cabem no tamanho desse editorial, o estado mais
pobre do Brasil, é de se perguntar por que isso não acontece aqui. E, quem
quiser que pense outra coisa, mas parece-nos que a aplicação virtuosa dos
recursos públicos, a honestidade com o dinheiro do povo, o corte de privilégios
e o fim da corrupção que até 2014 não saía das páginas dos jornais do mundo,
pelo governo Flávio Dino, está permitindo ao Maranhão enfrentar a crise sem
sacrificar a vida do servidor público estadual.
Parabéns pelo trabalho feito com o editorial.o companheiro mostra a oportunidade da eficiência do jornalismo.
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