O
promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica, revelou que membros
da força-tarefa que investiga a organização criminosa montada na Secretaria de
Estado da Fazenda (SEFAZ), no governo de Roseana Sarney, correm risco de vida.
“Nos
limites do nosso Estado, vamos cumprir o nosso dever apesar dos riscos que isso
representa. Os riscos que os atores que atuam nas investigações correm por parte
de uma reação daqueles que costumam dilapidar o patrimônio público. Risco de
vida, inclusive”, disse o promotor.
Ele
revela que, no total, são 190 empresas envolvidas no esquema criminoso montado
na SEFAZ, com o beneplácito da então governadora Roseana Sarney, no período de
2009 a 2014.
“São
grandes grupos econômicos. Temos outras investigações muito sérias em outros setores
da economia do Maranhão. Não vou revelar senão eles vão se mobilizar. Há muita
sonegação em vários aspectos, há muitas fraudes”, acrescenta.
Mesmo
correndo risco, o promotor revela a determinação do grupo que atua nas
investigações para destruir essa organização criminosa.
“Vamos
enfrentar os problemas, apesar de todo o risco que corremos, e lutar contra
forças econômicas e contra grupos de interesses, em relação às empresas de
tecnologia envolvidas nos esquemas. Vamos destruindo um segmento que drenou
recursos do Estado e agora está drenando vários municípios, inclusive São Luís.
Eles dominam a tecnologia e fazem o que querem, com o filtro. Eles desviam
dinheiro. Estamos mexendo com grupos poderosos”, alerta Paulo Roberto.
O
promotor ressalta que a proposta, junto com a força-tarefa, é extirpar as
práticas não republicanas, práticas de corrupção, no Estado do Maranhão. “Só
assim, vamos conseguir avançar”, acentua o promotor.
Ouça a íntegra de entrevista coletiva no link abaixo
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