Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Assassinos de PM do Bope do Piauí são presos; crime foi encomendado por funcionário da Infraero

Mulher presa era namorada de executor e responsável por monitorar o militar
Leonardo Ferreira Lima, funcionário da Infraero, é o acusado de encomendar o crime. A motivação seria ciúmes de uma mulher com quem já teria se relacionado.
Assassinos do PM
Mandante e o taxista agenciador
A Polícia do Piauí já prendeu sete envolvidos no assassinato do cabo do Bope, Claudemir Sousa, de 32 anos, morto atiros na noite dessa terça-feira (6), ao sair da Academia Adrenalina, no bairro Saci, zona sul de Teresina.

O policial foi morto quando subia em sua motocicleta, em frente à academia. Os suspeitos chegaram a tomar sorvete ao lado da academia enquanto esperavam a vítima sair do campo de visão das câmeras de segurança do estabelecimento para evitar imagens do assassinato.

Na tarde de ontem foi preso Flávio Willame da Silva, um dos responsáveis por efetuar os disparos contra Claudemir. Em depoimento feito depois da prisão ele afirma que cumpria pena na penitenciária de Pedrinhas no Maranhão e confessa, em vídeo feito pela PM, sua participação no assassinato.

De acordo com o capitão Silas, da Companhia Independente do Promorar, o acusado estava na casa de uma tia. “Recebemos a denuncia que ele estava na casa de uma tia aqui mesmo no Promorar e quando fomos ao local constatamos que era verdade. Ele foi preso e confessou que participou do crime. Ele receberia R$ 5mil para matar o cabo da PM”, comenta.


“Passei sete meses por receptação sai com dois meses. Eu não sabia que ele era policial. Se eu soubesse eu não faria. Eu estava com um 38 atirei no policial e o Marlon terminou o serviço”, afirmou.

Flavio revelou que ele e Marlon, que usa tornozeleira eletrônica, foram os responsáveis por tirar a vida de Claudemir Sousa.

Thaís monitorou o PM
Flavio também foi o responsável por confirmar a participação da mulher identificado como Thais. 

Thais Monait Meris de Oliveira foi presa na noite de quarta-feira (7). Ela é  namorada de Flávio Willame, um dos executores e é acusada de participar dando informações de quando Claudemir sairia da academia para que o bando cometesse o crime.

De acordo com o delegado Genival Vilela, ela nega a participação no crime e confirma apenas que estava no bairro Saci na noite do crime em um bar com Flávio.

Thais se apresentou a um policial militar na noite de ontem e foi encaminhada para a sede da Greco, especializada responsável pela investigação.

Com a prisão de Thais sobe para sete o número de pessoas envolvidas no crime contra o Cabo da PM. Todas foram presas em menos de 48horas após o crime. A polícia ainda mantém as diligências devido a suspeita de participação de mais pessoas.

Crime planejado

A polícia não tem dúvidas que o assassinato do policial tenha sido minuciosamente planejado ao longo de dois meses. Leonardo Ferreira Lima, funcionário da Infraero, é o acusado de encomendar o crime. A motivação seria ciúmes de uma mulher com quem já teria se relacionado.

“O que nós já apuramos foi que o mandante conheceu o agenciador (taxista) por meio de uma amizade adquirida com um vigilante do aeroporto de Teresina, e por meio dessa amizade chegaram aos executores”, afirmou Abreu.

Monitoramento eletrônico

PM Claudemir Sousa
A polícia conseguiu chegar rápido aos envolvidos devido à participação de Wesley Marlon Silva, que estava sendo monitorando por uma tornozeleira eletrônica. Com essa informação, a polícia acionou imediatamente a Secretaria de Justiça, que deu a localização de Wesley. Após sua prisão, ocorrida no bairro Promorar, a PM chegou aos demais suspeitos de envolvimento no crime.

A gerente da Central de Monitoramento Eletrônico, Paula Barbosa, explica que, após a solicitação da polícia, a Secretaria de Justiça prestou todas as informações relativas ao percurso do monitorado e acompanhou o processo, junto com PM, até que a prisão de Wesley fosse efetivada.

“Entendemos que, embora o sistema de monitoramento funcione para a sua finalidade, ou seja, cumpra com seu papel de monitorar a localização e se a medida está sendo cumprida, é preciso que os critérios sobre que tipo de pessoa deve receber a medida sejam mais rígidos”, observa Paula Barbosa.

De acordo com a Central de Monitoramento Eletrônico, Wesley Marlon Silva estava no sistema de monitoramento eletrônico desde o dia 17 de outubro deste ano. O sistema de monitoramento eletrônico é feito através de GPS e GPRS.

Com informações do Portal AZ/Teresina

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