Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Estelionatário é preso em São Luís com mais de 500 cartões do INSS

André Lemos da Silva foi preso com 517 cartões de benefícios do INSS
O estelionatário André Lemos da Silva, de 30 anos, foi apresentado à imprensa, na manhã desta quarta-feira (15), na Secretaria de Segurança. Ele foi preso durante uma operação da Polícia Civil, por intermédio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), na terça-feira (14) no bairro Turu, em São Luís. 

A polícia já vinha monitorando os passos do criminoso há alguns dias. Ele foi preso em flagrante por fraudar 517 cartões de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de pessoas já falecidas.

Segundo informações da polícia, durante a prisão do estelionatário foram apreendidos ainda maquinário para a confecção dos cartões magnéticos, comprovantes de residência em branco, papel moeda dos documentos de identidade do estado do Maranhão em branco e apetrechos utilizados para falsificação de documentos.

Dos 517 cartões de benefícios apreendidos 172 estavam ativos gerando um rombo nas contas da Previdência Social de aproximadamente dois milhões por ano.
A polícia disse também que o criminoso possui um mandado de prisão expedido pela Comarca da cidade de Bacabal, a 240 km de São Luís, pelo o crime de estelionato, praticado em 2012.

André Lemos da Silva foi encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital, e vai responder pelos os crimes de furto qualificado mediante fraude, falsificação de cartão, uso de documento falso e falsificação de documento público.

O inquérito será encaminhado à Polícia Federal, pois o crime é contra uma instituição federal. A PF deve continuar com o trabalho de investigação para tentar localizar outros integrantes da quadrilha, que chegava a fatura mais de R$ 100 mil por mês.

Como funcionava o esquema

Segundo a polícia, André Lemos não estava sozinho na empreitada e contava com apoio de agentes no interior do Estado. Esses agentes, ao tomarem conhecimento que um beneficiário do INSS havia morrido, dirigiam-se à família para informar que o benefício seria cortado e faziam proposta de compra do cartão e senha por até R$ 2 mil. Quando a senha estava para vencer, precisando ser renovada, o estelionatário falsificava nova carteira de identidade com foto de um idoso que também fazia parte da quadrilha. Com o documento era só dirigir a uma agência do INSS para cadastramento de nova senha.

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