No Palácio do Planalto, a percepção é que, depois da operação da PF, causaria grande constrangimento a Alexandre de Moraes ser submetido a uma sabatina comandada por Lobão.
por Gerson Camarotti
G1
Foi recebida com extrema preocupação,
tanto no Planalto como no Senado, a operação de busca e apreensão da Polícia
Federal nesta quinta-feira (16) que teve como foco Márcio Lobão, filho do
senador Edison Lobão.
Integrantes do PMDB avaliam que Lobão
perde as credenciais para comandar a sabatina da próxima terça-feira (21) de
Alexandre de Moraes, indicado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal
Federal.
Já há um movimento entre os próprios
senadores para que Lobão não participe da sessão, deixando a função com o
vice-presidente da CCJ, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Para uma ala de senadores do PMDB, se
Lobão insistir em presidir a sabatina, a sessão terá de ser adiada.
No Palácio do Planalto, a percepção é
que, depois da operação da PF, causaria grande constrangimento a Alexandre de
Moraes ser submetido a uma sabatina comandada por Lobão.
Embora Lobão não tenha sido alvo direto
dessa operação, a investigação do esquema de propina na construção da usina de
Belo Monte já envolve Lobão, como receptor de recursos destinados a campanhas
do PMDB.
Lobão tem negado qualquer participação
nesse esquema de desvio de recursos de Belo Monte.
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