Parlamentares da base e da oposição concordam em fazer com que
presidente da CCJ, que é investigado na Lava Jato, falte à sessão
Isabela Bonfim ,
O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Senadores da base do governo e também da oposição articulam
para que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Edison Lobão
(PMDB-MA), não presida a sessão desta terça-feira, 21, dedicada à sabatina de
Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo é evitar críticas ao processo, já que Lobão é investigado na
Operação Lava Jato.
"O senador Lobão poderia fazer um grande serviço ao Brasil e se
julgar suspeito para conduzir essa sabatina. Como o relator revisor da Lava
Jato terá sua sabatina conduzida por um investigado?", indagou o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Nos bastidores, corre a mesma preocupação entre
os senadores da base do governo. O temor é de que a sabatina perca
credibilidade ao ser conduzida por Lobão.
Não seria a primeira vez que o peemedebista seria poupado de presidir
uma sessão polêmica. Na semana anterior, quando a base do governo operou para
antecipar a sabatina de Moraes, a sessão da CCJ foi conduzida pelo senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG), que tem bom trânsito com a oposição. Na ocasião,
inclusive, Anastasia decidiu contra a antecipação da sabatina.
O assunto ainda será levado à cúpula do PMDB e ao presidente do Senado,
Eunício Oliveira (PMDB-CE). Caso os senadores decidam por evitar Lobão na
sabatina, a decisão não deve ser alardeada. O presidente da comissão deverá
apenas faltar à sessão, assim como ocorreu na semana anterior.
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