Como
forma de equilibrar o ajuste, o governo optou por tributação seletiva, com
tributação moderada para produtos essenciais à sociedade e mais elevada para
produtos prejudiciais à saúde, caso do ICMS sobre fumo que passou de 25% para
27%.
Começa a vigorar a partir do próximo dia
15 de março, o ajuste de alíquotas do Imposto sobre as Operações de Circulação
de Mercadorias e Serviços de Transportes e Comunicação (ICMS) para os setores
de combustível (gasolina e álcool), energia, fumo e comunicação (TV à cabo,
rádio e telefonia).
O ajuste entra em vigor no momento em
que o país atravessa uma das maiores recessões da história com queda do Produto
Interno Bruto (PIB) pelo 11º mês consecutivo, além da drástica redução de
transferências federais para o Maranhão, que deixou de receber mais de R$ 1
bilhão em função da crise nacional. Com a medida, o Governo do Maranhão
garantirá capacidade de investimentos, além da garantia de repasses aos
municípios, profundamente impactados pela crise.
Mesmo com cenário nacional desfavorável,
o ajuste do ICMS é mais brando em relação a outros estados, além de preservar
consumidores com menor capacidade contributiva. No caso da alíquota de energia,
a lei 10.541/2016 que estabelece o ajuste, prevê um equilíbrio de categorias de
consumo, preservando os contribuintes de baixa renda. A Lei estabeleceu quatro
faixas de consumo.
Consumidores de menor renda que utilizam
até 50 kWh estão isentos do pagamento, quem consome de 51 até 100 kWh
contribuirá com 12%; de 101 até 500 kWh: 14%; Acima de 500 kWh: 27%. No caso do Distrito Federal, por exemplo,
contribuintes nas faixas de 51 kWh a 80 kWh pagam 25% da alíquota, enquanto os
que consomem entre 81 kWh à 500 kWh pagam 29%, já no Amazonas, todos os
consumidores contribuem no mesmo percentual: 25%.
Em relação aos combustíveis, a lei
estabeleceu ajuste de 1% sobre a gasolina e o álcool, preservando óleo diesel e
óleo combustível. Nesse caso, a alíquota pratica da no Maranhão também é
inferior à praticada em estados como Minas Gerais e Paraíba e Paraíba que
tributam com 31% e o Rio de Janeiro que cobra 32%.
Preservação
dos setores produtivos
A Lei Estadual de ajuste do ICMS
garantiu proteção aos consumidores com menor renda e levou em consideração a
necessidade de preservação dos setores produtivos. No caso do consumo de
energia dos produtores rurais que consomem até 300 kWh, o governo decidiu
garantir isenção tributária.
O Óleo diesel e o óleo combustível
também não foram alcançados pela tributação como forma de não prejudicar a
atividade econômica, uma vez que se trata de insumos utilizados no processo
produtivo e no transporte de mercadorias.
Como forma de equilibrar o ajuste, o
governo optou por tributação seletiva, com tributação moderada para produtos
essenciais à sociedade e mais elevada para produtos prejudiciais à saúde, caso
do ICMS sobre fumo que passou de 25% para 27%.
Garantia
de investimentos e Justiça Fiscal
O Secretário de Estado da Fazenda
Marcellus Ribeiro chamou a atenção para a necessidade de ajuste do orçamento,
tendo em vista a necessidade de cumprimento das obrigações constitucionais, a
manutenção qualidade dos serviços públicos e o repasse de receita às
prefeituras.
“A receita do ICMS é compartilhada com os
municípios, sendo a segunda maior receita das municipalidades, de forma que o
ajuste previsto na receita do ICMS também trará benefícios às 217 cidades do
Maranhão, como forma de compensar a perda do Fundo de Participação dos
Estados”, enfatizou.
Com a política de gestão fiscal
equilibrada, o governo garante políticas de justiça social aos que mais
precisam, caso da isenção de ICMS para incentivo à mobilidade urbana com
ampliação de isenção tributária para aquisição de veículos para pessoas com
necessidades especiais e tributação diferenciada sobre óleo diesel para redução
dos preços de passagens de ônibus em várias regiões do estado, além do incentivo
ao esporte e cultura por meio de abatimentos no ICMS para empresas que
financiem atividades nesses setores.
“A Gestão Fiscal equilibrada tem uma
importância muito grande na redução de desigualdades econômicas e sociais. O
Governo do Maranhão tem promovido ações sistemáticas para fazer uma tributação
mais elevada para contribuintes de maior renda e reduzido a tributação dos
contribuintes de menor poder aquisitivo”, acrescenta o secretário de Fazenda,
Marcellus Ribeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário