Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 16 de março de 2017

Com medo da Justiça, Sarney e Roseana perambulam por Brasília em busca de ajuda

A ex-governadora Roseana Sarney e o pai, o ex-senador Sarney, perambulam pelos corredores dos poderes, em Brasília, em busca de apoio para escapar das garras da Justiça. A movimentação ocorre exatamente na semana em que o mundo político vive apreensivo por conta do envio das ‘delações do fim do mundo’ ao STF, com pedido de abertura de inquérito contra os beneficiários de propinas pagas pela Odebrecht.

Roseana, com apoio do pai, aproxima-se de Michel Temer sonhando com apoio para tentar voltar a governar o Maranhão, mesmo sabendo que o governo dele não tem garantias de que sobreviva até 2018. Além de o próprio presidente ter sido citado em delações, ministros e políticos da base de sustentação estão no ‘lista do Janot’. Outra preocupação do governo é com o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE.

A ex-governadora tem outra barreira na sua pretensa caminhada rumo ao Palácio dos Leões: vai ter que enfrentar ações já Justiça por acusações de crimes de improbidade administrativa, o que pode levá-la à prisão e deixá-la inelegível.

Roseana é ré por um rombo de 1 bilhão nos cofres estaduais por conta de um esquema de fraudes em concessões de isenções fiscais que ocorreu na sua gestão, segundo denúncia do Ministério Público do Maranhão. Ela pode ser condenada a pelo menos 6 anos de prisão. A denúncia foi feita pelo promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos no último dia 21 de outubro. Entre os réus também estão dois ex-secretários da Fazenda e dois ex-procuradores gerais do Estado.

A ex-governadora também figura, segundo o Ministério Público do Maranhão, como suposta líder de uma organização criminosa que teria desviado aproximadamente mais de R$ 400 milhões da Secretaria de Estado da Saúde. Ela foi beneficiária de doações eleitores por empreiteiras responsáveis pela construção de hospitais do programa ‘Saúde é Vida’. No entanto, mesmo com provas irrefutáveis, ela foi absolvida pelo juiz Clésio Coelho Cunha, respondendo interinamente pela 7ª Vara Criminal. O MP ainda estuda recorrer da decisão do magistrado, pois não tem dúvidas da participação de Roseana no esquema criminoso.

Já o pai, Sarney, é citado 49 vezes na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O delator diz ter direcionado propina de R$ 18,5 milhões a Sarney nos anos em que chefiou a estatal (2003-2014). Segundo Machado, Sarney recebeu R$ 16 milhões em dinheiro vivo proveniente da Transpetro. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, determinou abertura de inquérito para investigá-lo. Ao pedir autorização do STF para a instauração de inquérito destinado a apurar o crime de embaraço à Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot se referiu ao grupo formado por Sarney como ‘quadrilha’ e ‘organização criminosa’.

Por enquanto, Roseana não fala nada sobre eleições. Mesmo com o incentivo de aliados em fazê-la candidata no próximo ano para enfrentar Flávio Dino, a filha de Sarney ainda não se posicionou sobre o assunto e, segundo observadores, trabalha neste momento somente na tarefa de livrar-se dos processos que enfrenta na Justiça que, ora ou outra, pode levá-la à prisão.

A repórter de política da GloboNews e do portal G1, Andréia Sadi, noticiou nesta quinta-feira (16) que Roseana Sarney junto com o pai, ex-senador José Sarney, estiveram nesta semana em quase todos os eventos do presidente Michel Temer. A dupla marcou presença em diversos convescotes com Temer e companhia. “Articulações, almoços e jantares em busca de saídas e sobrevivência política”, escreveu a jornalista.


Com informações do blog do John Cutrim

Um comentário:

  1. Se a justiça não botar Roseana na cadeia,Roseana bota a justiça na cadeia.

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