De aparência inofensiva, em forma de pequenos cristais que lembram sais
de banho, o entorpecente tem efeito devastador e pode causar a morte
Carlos Carone
Portal Metrópoles
Devastadora, uma nova droga sintética que aterroriza a América do Norte
e parte da Europa desembarcou no Distrito Federal. As primeiras porções de uma
substância alucinógena conhecida como “Flakka” foram apreendidas em meados de
2016 pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil. Mais
potente que o ecstasy ou o LSD, o entorpecente é vendido para usuários de alto
poder aquisitivo. Não é barato. Um grama custa R$ 100.
Existe a suspeita de que um jovem de classe média morto no DF, no ano
passado, possa ter sofrido uma overdose provocada por uma droga sintética
semelhante à Flakka. Trata-se de um adolescente, morador do Plano Piloto, mas
os investigadores não dão mais detalhes sobre o caso.
De aparência inofensiva – em forma de pequenos cristais que lembram
sais de banho –, a Flakka, cujo termo é derivado do espanhol e significa mulher
magra, é sintetizada em países como a China e o Paquistão. Os primeiros estudos
sobre a substância foram conduzidos pelo DEA, órgão do Departamento de Justiça
dos Estados Unidos responsável pela repressão e controle de narcóticos.
A Polícia Civil do DF mantém convênio com o DEA para troca de
informações sobre as investigações que envolvam drogas sintéticas. Apesar da
experiência, peritos dessas corporações, habituados ao estudo de substâncias
psicotrópicas, afirmam que a Flakka provoca alucinações jamais vistas por eles.
A suspeita das autoridades do DF é que os carregamentos de Flakka
estejam chegando à capital da República pelo sul do país, principalmente por
Florianópolis. “Pelas imagens e vídeos que já vimos, as pessoas que foram
detidas ou tiveram registro por suposto uso da substância apresentaram um
comportamento extremamente alterado”, revelou o diretor da Cord, delegado
Rodrigo Bonach.
Nenhum comentário:
Postar um comentário