Mais de mil agentes vasculham sete
Estados para cumprir 309 mandados judiciais, inclusive, 38 de prisão contra
fiscais e empresários do agronegócio
Fausto Macedo, Julia Affonso, Fabio
Fabrini e Fábio Serapião
O Estado de São Paulo
A Polícia Federal deflagrou nesta
sexta-feira, 17, a Operação Carne Fraca para combater corrupção de agentes
públicos federais e crimes contra Saúde Pública. Executivos do frigorífico JBS
foram presos. A empresa BRF Brasil também é alvo da operação.
O esquema seria liderado por fiscais
agropecuários federais e empresários do agronegócio. Segundo a PF, a operação
detectou em quase dois anos de investigação que as Superintendências Regionais
do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás
‘atuavam diretamente para proteger grupos empresariais em detrimento do
interesse público’.
Em nota, a PF informou que
aproximadamente 1100 policiais federais estão cumprindo 309 mandados judiciais,
sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução
coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos
investigados e em empresas supostamente ligadas ao esquema.
“Os agentes públicos, utilizando-se do
poder fiscalizatório do cargo, mediante pagamento de propina, atuavam para
facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários
sem qualquer fiscalização efetiva.
Dentre as ilegalidades praticadas no
âmbito do setor público, denota-se a remoção de agentes públicos com desvio de
finalidade para atender interesses dos grupos empresariais. Tal conduta
permitia a continuidade delitiva de frigoríficos e empresas do ramo alimentício
que operavam em total desrespeito à legislação vigente”, diz a nota da PF.
As ordens judiciais foram expedidas pela
14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba/PR e estão sendo cumpridas em 7 estados
federativos: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, Minas Gerais e Goias.
O nome da operação faz alusão à
conhecida expressão popular em sintonia com a própria qualidade dos alimentos
fornecidos ao consumidor por grandes grupos corporativos do ramo alimentício. A
expressão popular demonstra uma fragilidade moral de agentes públicos federais
que deveriam zelar e fiscalizar a qualidade dos alimentos fornecidos a
sociedade.
Gilberto, como já destaquei outras vezes, está bem melhor trabalhar no sistema penitenciário hoje. Mas o governador tem que olhar no caso dos agentes e auxiliares temporários. Fazemos o mesmo serviço mas no entanto não recebemos os benefícios que os efetivos recebem.Não é justo nem legal. Atento governador, nós temporários estamos aguardando sua decisão.
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