Sete foram assassinados no Jaçanã, na zona norte, e três no
Campo Limpo, na zona sul; em ambas as ocorrências, atiradores estavam em motos
e fugiram
Alexandre Hisayasu, Bibiana Borba e
Paulo Beraldo
O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Atiradores mataram ao menos
dez homens e deixaram outros três feridos em duas chacinas ocorridas entre a
noite de terça-feira, 4, e a madrugada desta quarta-feira, 5, na capital
paulista. Os casos foram no Jaçanã, na zona norte, e no Campo Limpo, na zona
sul, em menos de uma hora entre um e outro.
No Jaçanã, segundo o relato à Polícia
Civil de uma das vítimas que sobreviveram, dois homens em uma motocicleta
atiraram em direção ao grupo de pessoas que estava em um bar na altura do
número 23 da Rua Antônio Sérgio de Matos. Os criminosos fugiram. Seis morreram
no local, e um ferido foi socorrido, mas não resistiu e morreu em um hospital.
Outros dois feridos estão internados.
A chacina na zona norte aconteceu no
Conjunto Habitacional Jova Rural, onde há uma base da PM instalada, a poucos
metros do bar. Um Centro de Integração da Cidadania (CIC) também fica
localizado em uma rua próxima.
As seis vítimas que morreram no local
são Sidnei Rodrigues Cordeiro, de 38 anos; Valdir Pereira de Souza, de 46;
Adriano dos Anjos Silva, de 39; Wellington Claudino de Souza, de 35; Gilmar
Vieira da Silva, de 39; e Fernando, cujos sobrenomes e idade não foram
informados. Apenas um deles tem passagem pela polícia por tráfico e porte de
drogas.
Zona sul. Já no Campo Limpo, por volta
da meia-noite, três homens foram mortos e um ficou ferido por disparos na
altura do número 10 da Rua Professora Nina Stocco, na região do Jardim
Catanduva.
Um entregador de pizza informou à
polícia que parou no local para pedir informação quando duas pessoas em uma
motocicleta atiraram em direção a ele e outras vítimas. O entregador ficou
ferido na mão. Wizmael Dias Correia, de 19 anos; Kayke Santos Moreira, de 20; e
Vinicius Aparecido Paula Guedes, de 19, chegaram a ser socorridos ao Hospital
Campo Limpo, mas não resistiram aos ferimentos. Segundo a Polícia Civil,
nenhuma das vítimas tinha passagem pela polícia.
Os crimes serão investigados pelo
Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
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