Rádio Voz do Maranhão

sábado, 29 de abril de 2017

Estudante agredido por policial em Goiânia está em estado grave

Imagens mostram momento em que Mateus Ferreira é atingido no rosto por um golpe de cassetete
Imagem mostra o momento em que o estudante Mateus Ferreira, da UFG, é agredido por policial durante protesto em Goiânia. Foto: Luiz da Luz/O Popular
O Estado de S.Paulo

O estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiânia Mateus Ferreira, 33 anos, está internado em estado grave no Hospital de Urgências de Goiânia. Ele foi atingido por um golpe de cassetete no rosto e sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas. Segundo boletim médico divulgado neste sábado, 29, o paciente está sedado e respira por aparelhos.

Mateus participava nesta sexta-feira, 28, do protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária e corria sozinho quando foi atingido no rosto por um policial militar. O estudante foi agredido por um agente que corria em direção a pessoas encapuzadas que quebravam vidros de agência bancária durante protesto no centro de Goiânia. O momento foi captado pelo fotógrafo Luiz da Luz, do jornal O Popular, e também em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Reportagem do jornal O Popular afirma que Mateus chegou ao hospital por volta de 13h, após ser atendido pelo Corpo de Bombeiros. O jovem passou por cirurgias de reconstrução facial e não há previsão de novos procedimentos no momento. A mãe de Mateus, que é de Osasco, São Paulo, está indo para Goiânia de ônibus.

A Universidade Federal de Goiânia divulgou uma nota em que repudia a agressão ao estudante e pede "adequada apuração dos fatos e a punição dos responsáveis". "A UFG é histórica defensora do direito à livre manifestação e condena com veemência atos de repressão que venham a cercear esse princípio democrático", diz a nota.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado disse que instaurou um procedimento para investigar a atuação dos policiais militares envolvidos direta ou indiretamente na agressão. O comando da Polícia Militar afirmou que "condena veementemente todo e qualquer tipo de agressão, praticada por policiais militares no exercício da sua função".

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