Segundo Rodrigo Janot,
habeas corpus apresentado pela defesa já tinha sido negado anteriormente pelo
STF. Atleta pode voltar a prisão a qualquer momento
Brasília - O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu na quarta-feira (19) a
revogação da liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal
(STF), que permitiu a soltura do goleiro Bruno, condenado pela morte de sua
ex-namorada Eliza Samudio. Bruno foi solto em 24 de fevereiro e espera o
julgamento do habeas corpus na primeira turma do STF.
Além de pedir a
revogação da liminar, Janot também indeferiu o pedido de habeas corpus feito
pela defesa.
Para Janot, o habeas
corpus apresentado pela defesa de Bruno já havia sido negado pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ), não cabendo ao STF dar prosseguimento ao pedido. O
procurador ainda refuta a tese da defesa do goleiro, sobre a demora do
julgamento de um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais enquanto ele
seguia preso.
Após ser libertado no
dia 24 de fevereiro, Bruno pode voltar a prisão caso liminar de soltura seja
revogado pelo STF
Janot afirma que a
própria defesa tem contribuído para o prolongamento do prazo criminal e que
"a duração razoável do processo deve ser deferida à luz da complexidade
dos fatos e do procedimento, bem como a pluralidade de réus e testemunhas"
Bruno foi condenado em
2013 pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo
sequestro e cárcere privado do filho. Ele acabou solto em 24 de fevereiro, após
cumprir seis anos e sete meses de detenção em regime fechado.
Fora da prisão, Bruno
fechou um contrato com o Boa, clube mineiro de Varginha, em 10 de março. O time
recebeu inúmeras críticas pela contratação nas redes sociais, nos treinos e até
nas partidas disputadas. Com o pedido de Janot, no entanto, o retorno do goleiro
aos gramados pode durar menos do que o esperado.
Com informações de O
Dia
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