Por Luís Nassif/Jornal
GGN
O ex-presidente da
Odebrecht Energia Henrique Valladares disse à Lava Jato que Marcelo Odebrecht,
presidente do grupo, colocou R$ 50 milhões em propina à disposição de Eduardo
Cunha, para que o então deputado evitasse que Dilma Rousseff interferisse em
negócios de Furnas.
Segundo reportagem do
Valor, Cunha recebeu vantagens indevidas da Odebrecht para atuar em favor do
grupo e de Furnas no completo hidrelétrico do Rio Madeira. Dilma, à época na
Casa Civil, era contra a entrada de Furnas em Jirau, disse Valladares.
“Doutor Marcelo
[Odebrecht] me deu o número de R$ 50 milhões para eu colocar na mesa como
oferecimento ao doutor deputado Eduardo Cunha para que ele, com esse dinheiro,
buscasse o apoio político a critério dele, buscasse distribuir de tal forma que
obtivesse o apoio político necessário para neutralizar esta ação,
principalmente da Casa Civil”, disse.
“[Nas reuniões com
Eduardo Cunha] tratávamos de todos os assuntos. Eram republicanos. Nunca paguei
ao doutor Eduardo Cunha nenhum centavo por nenhum outro contrato que não fosse
isso que nós estamos tratando [...] O pagamento foi feito para obter o empenho
dele no interesse que era comum entre Odebrecht e Furnas”, acrescentou o
delator.
Valladares também
afirmou à Lava Jato, em seu acordo de delação premiada, que a CUT (Central
Única dos Trabalhadores) recebeu propina para não apoiar greve de trabalhadores
na usina.
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