Operação apura o
destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBA
Julia Affonso e Fausto Macedo
O Estado de São Paulo
A Polícia Federal deflagrou na manhã
desta quinta-feira, 6, a operação Águas Claras para apurar um esquema de desvio
de recursos públicos repassados à Confederação Brasileira de Desportos
Aquáticos – CBDA, envolvendo dirigentes do órgão e empresários. Em nota, a PF
informou que cinco investigados foram presos e quatro foram conduzidos
coercitivamente a unidades da PF em São Paulo e no Rio de Janeiro. Outros 16
mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Todas as medidas foram
expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
O trabalho é fruto de parceria entre a
Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da
Controladoria-Geral da União e iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas
e empresários do ramo esportivo brasileiro.
As investigações apuram o destino de
cerca de R$ 40 milhões repassados à CBA. Há indícios de um esquema de desvios
de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao
esporte, sem a devida aplicação – conforme previsto em lei e nos contratos
assinados. Segundo o inquérito policial, ao invés dos valores recebidos serem
aplicados corretamente (em incentivos aos esportes aquáticos e na viabilização
de práticas esportivas aquáticas), os recursos eram mal geridos ou desviados
para proveito pessoal dos investigados.
Os investigados responderão, de acordo
com suas participações, pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude
a Lei de Licitações, sem prejuízo de outros crimes eventualmente apurados no
decorrer da instrução criminal.
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