A polícia intensificou as operações para
combater o roubo de cargas no interior do Maranhão, com isso, este tipo de
crime teve redução de 40%, comparando este primeiro trimestre ao do ano
passado.
Um dos resultados desse trabalho foi
alcançado na última semana com a desarticulação da quadrilha que praticava este
crime em Itapecuru-Mirim e municípios vizinhos. Foram 12 presos fruto da
‘Operação Colombo’, cujas investigações duraram cerca de seis meses e foram
concluídas na última semana. A polícia apreendeu 1.500 litros de combustível e
quatro veículos, sendo dois caminhões-tanque carregados.
A operação se concentrou no povoado
Colombo, em Itapecuru, onde o roubo e comércio ilegal de combustível era
prática comum, segundo descobriu a investigação.
A ação foi realizada pela Secretaria de
Estado da Segurança Pública (SSP-MA), por meio do Departamento de Combate ao
Roubo a Cargas, órgão da Superintendência Estadual de Investigações Criminais
(Seic), que integra a Polícia Civil. O Departamento é comandado pelo delegado
Augusto Barros.
“Continuamos monitorando as áreas
investigadas, para que não seja retomada a atividade ilícita, e também, na
investigação das denúncias que chegaram a nós, após a operação”, explica
Augusto Barros. Devido ao trabalho intensificado do Departamento, os casos
deste tipo diminuíram 40%, comparando este primeiro trimestre ao do ano
passado.
Os alvos das quadrilhas de roubo a carga
são os chamados ‘secos e molhados’ – alimentos – negociados com pequenos
comerciantes, que, em alguns casos, encomendam o produto dos criminosos; de
valores (dinheiro) das empresas de segurança; também eletrodomésticos,
cigarros; e os combustíveis, vendidos em cidades próximas das abordagens.
O crime se estabelece em cidades do
interior do estado, com maior ocorrência na Região Tocantina – principalmente
entre Imperatriz e Açailândia. O entorno de Presidente Dutra, Barra do Corda e
Itapecuru, no entroncamento, são outras áreas de atuação das quadrilhas.
A partir das investigações, o
Departamento traçou dois perfis deste tipo de criminoso. Segundo o delegado, em
geral, há o criminoso que tenta convencer o motorista oferecendo vantagem para
que participe do crime; e o que usa de violência abandonando o condutor em
locais ermos e levando o veículo e a carga.
“Estas duas situações foram encontradas na operação que realizamos na última semana”, enfatiza.
“Estas duas situações foram encontradas na operação que realizamos na última semana”, enfatiza.
Nem o fato de alguns veículos serem
monitorados via satélite intimida os suspeitos. Isso porque, nem todas as
empresas habilitam um sistema de segurança em seus veículos, explica o
delegado.
“Se há um sistema, as quadrilhas utilizam mecanismos eletrônicos para burlar os sinais de satélites que possam identificar a posição do veículo, inclusive destruindo os equipamentos”, disse. Quando não há sistema que monitore, os suspeitos costumam usar violência contra o condutor para levar o veículo.
“Se há um sistema, as quadrilhas utilizam mecanismos eletrônicos para burlar os sinais de satélites que possam identificar a posição do veículo, inclusive destruindo os equipamentos”, disse. Quando não há sistema que monitore, os suspeitos costumam usar violência contra o condutor para levar o veículo.
Estrutura
Segundo o delegado, as operações têm
alcançado boa parte dos criminosos, mas não se trata de uma investigação fácil.
“Isso se deve também ao amplo território
do estado, mas temos uma equipe com treinamento para este tipo de combate e
isso influi no alto grau de resolução dos casos. A cada operação utilizamos um
grande aparato de pessoal, armamento e equipamentos e elegemos prioridades, com
fins a chegar às maiores quadrilhas”, reitera.
O Departamento de Combate ao Roubo a
Cargas conta com equipe de delegado, investigadores, escrivãs e tem competência
em todo o Maranhão, já tendo realizado prisões além das fronteiras do estado.
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