Julgamento sobre eventual abuso de poder
pela chapa formada por Dilma e Temer em 2014 pode ser retomado apenas no fim de
abril
Carla Araújo, Rafael Moraes Moura e
Beatriz Bulla ,
O Estado de S.Paulo
Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) decidiu ouvir mais testemunhas no processo que pede a cassação da chapa
Dilma Rousseff-Michel Temer e também acatou pedido da defesa da presidente
cassada por mais cindo dias de prazo para alegações finais. Com isso, a fase de
coleta de provas foi reaberta e o julgamento que pode gerar a cassação de Temer
e a inelegibilidade do peemedebista e da petista foi adiado sem um prazo
definido para ser retomado.
A Corte atendeu o pedido da defesa de
Dilma para que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega seja ouvido no âmbito da
ação. Também foram deferidos os pedidos - neste caso feitos pelo Ministério Público
- para que os marqueteiros da campanha eleitoral João Santana, Mônica Moura e
André Santana sejam ouvidos. Nesta fase, defesa e acusação podem solicitar
ainda a oitiva de novas testemunhas e prolongar o processo. Relator do caso,
ministro Herman Benjamin, fez declarações na sessão de hoje no sentido de que é
preciso concluir brevemente o processo, que já se arrasta há dois anos e meio.
Somente após a colheita dos novos
depoimentos é que passará a contar o novo prazo estabelecido hoje, de cinco
dias para as alegações finais da defesa. A partir de então o caso pode
novamente ser incluído na pauta de julgamentos para que os ministros da Corte
analisem o mérito do processo.
Durante o julgamento de hoje, o relator
da ação, ministro Herman Benjamin, chegou a ironizar o pedido para ouvir mais
testemunhas no processo. "Não vamos
querer ouvir Adão, Eva e a serpente", disse Benjamin.
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