A conclusão da venda da
Odebrecht Ambiental para a Brookfield está sob os holofotes, após a companhia
ser textualmente citada entre as empresas do grupo envolvidas em esquema de
propina.
Quando fechou o acordo
de aquisição, por US$ 768 milhões, em outubro de 2016, a Brookfield
resguardou-se com cláusulas que poderiam levar o negócio a ser desfeito.
Esse não é, entretanto,
o desfecho que se desenha. Circulam informações de que até o início da próxima
semana ocorra a assinatura da venda definitiva, com a transferência dos
recursos para a Odebrecht.
Os advogados da
Brookfield conheciam o teor das delações e têm garantia do Ministério Público
de que o negócio não será afetado. Mas o fato é que a entrega do controle vem
sendo postergada desde março.
Pagamento
de propina e caixa 2
A Odebrecht pagou pelo
menos R$ 24,5 milhões por meio de propina e caixa dois para políticos de 12
estados do país com o propósito de conseguir contratos na área de saneamento
básico. A empresa chegou a financiar campanhas de candidatos rivais e a
distribuir pagamentos em cidades com menos de 20 mil habitantes na tentativa de
fechar acordos para a Odebrecht Ambiental. A empresa foi vendida para um grupo
canadense no fim do ano passado.
Só no Pará, a empresa
doou R$ 1,5 milhão em 2014 ao ministro Helder Barbalho (PMDB-PA), então
candidato ao governo, o senador Paulo Rocha (PT-PA) e o ex-prefeito de Marabá,
João Salame (PROS-PA).
Os repasses
“funcionariam como contrapartida a interesses do grupo Odebrecht no estado,
notadamente na área de saneamento básico, espaço em que almejava atuar como
concessionária”, segundo despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Edson Fachin que autorizou abertura de investigação.
Com informações de O
Estado de São Paulo
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