A crise política que compromete a
permanência de Michel Temer (PMDB) na Presidência da República pode impactar
decisivamente nos rumos do projeto eleitoral do senador Roberto Rocha (PSB)
para 2018.
O parlamentar vem manifestando interesse
em disputar o governo do Maranhão contra Flávio Dino (PCdoB), ex-aliado e
político por trás da campanha que alçou Rocha ao Senado. Ele esperava contar
com o apoio do governo Temer para usar a máquina federal na tentativa de
derrubar a boa aceitação pública de Dino entre os maranhenses, já que o atual
governador do Estado conta hoje com mais de 60% de aprovação popular.
Acontece que, assim que eclodiu a crise
envolvendo o presidente Temer, seu partido, o PSB, anunciou debandada geral da
base do governo. Trinta e cinco deputados e sete senadores da legenda no
Congresso Nacional não apoiarão mais Temer e se afastarão do governo.
Além de sair do governo, o PSB
reivindica a renúncia imediata de Temer e articulou que os membros da sigla
deverão votar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante
eleições diretas caso haja saída antecipada de um presidente.
O certo é que, sem o apoio de Temer,
Rocha deve disputar as eleições em 2018 com parcas alianças. Restando-lhe ainda
a possibilidade de não acatar decisão partidária, continuar defendendo o
governo Temer e ser expulso do PSB, como deve acontecer com o ministro de Minas
e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB-PE), que deve ser afastado do partido
por ter permanecido no cargo mesmo após a sigla ter definido que romperia
completamente com o governo.
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