Tendo
efetivamente iniciado em 2015 a gestão de quatro unidades, a Emserh é
responsável hoje pelos serviços de saúde ofertados em 44 unidades, espalhadas
pela capital e interior do Maranhão.
Estabelecer um novo conceito e padrão de
qualidade para a saúde do Maranhão tem sido uma das frentes da gestão estadual.
Para isso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, tem
buscado reduzir a atuação de empresas terceirizadas e concentrado a gestão das
unidades na Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), que vem
realizando um trabalho que beneficia o usuário do sistema público de
saúde.
"A Emserh, além de uma iniciativa
pioneira e bem sucedida do Governo, representa para a saúde estadual maior
compromisso com a coisa pública, considerando sua natureza. Mais do que isso:
ela traz, desde a sua concepção, uma política de gestão que tem foco no
usuário, que privilegia a qualificação dos profissionais e a humanização do atendimento,
além de procedimentos técnicos bem executados", disse o secretário de
Estado de Saúde, Carlos Lula.
A empresa atualmente agrega a gestão de
70% das unidades de saúde do estado. Entre elas, estão algumas que são
referências em serviços especializados como o Hospital de Câncer do Maranhão, o
Hospital Presidente Vargas, o Hospital Macrorregional de Coroatá, o Hospital
Geral de Grajaú, o Centro Especializado em Reabilitação e Promoção da Saúde
(CER) do Olho D’Água, entre outras.
Tendo efetivamente iniciado em 2015 a
gestão de quatro unidades, a Emserh é responsável hoje pelos serviços de saúde
ofertados em 44 unidades, espalhadas pela capital e interior do Maranhão. E
para primar pela qualidade da prestação desses serviços, realiza um trabalho de
Gestão de Qualidade que tem como meta padronizar os processos em todas elas.
De acordo a superintendente de
Assistência à Saúde da SES, Jamilly Pontes, o estabelecimento dos padrões e
protocolos a serem seguidos, tem garantido, à 70% das unidades, qualidade. “Com
a Emserh, a gente está trabalhando para deixar nossas unidades em um nível de
atualização muito bom, usando protocolos muito atuais e uma equipe que está
sempre em contínuo aperfeiçoamento. Isso pra gente é um padrão muito bom e dá
uma segurança, porque além de treinar, eles ensinam a trabalhar os indicadores
e metas, para que seja possível fazer uma avaliação do serviço”, explicou.
Segundo a gerente da Gestão de Qualidade
da Emserh, Ana Carolina Marques, o pontapé para alcançar o nível de qualidade
que é exigido hoje pela Rede é iniciado com os diagnósticos produzidos pela
equipe. “Quando a gente entra em uma unidade, a gente faz um relatório de
diagnóstico e a diagnostica como um todo: se tem falta de pessoas, de
equipamentos, se tem deficiência nos processos. A partir disso, a gente divide
isso tudo e sinaliza para os setores competentes. Como passo seguinte,
iniciamos a reestruturação dessa unidade, agindo em várias frentes, cada setor
dentro de sua competência”, explicou
Por meio da implementação de rotinas e
protocolos padronizados, a Emserh tem conseguido ter controle da produtividade
das unidades e da economia que esses processos tem gerado para a saúde do
Maranhão. Um exemplo concreto que é reflexo deste trabalho é o estabelecimento
de processos dentro das farmácias das unidades.
Mais
economia
Além de estarem melhor organizadas e
controladas - apenas o farmacêutico tem acesso às medicações, não sendo mais
permitido retirada de material por qualquer profissional da unidade -, é
executado em todas as farmácias um processo chamado lista de medicamentos para
remanejamento, que somente no Hospital Regional de Caxias Dr. Everaldo Ferreira
Aragão, em Caxias, no período de setembro a novembro de 2016, gerou uma
economia de R$ 17.990,00 no gasto com itens de farmácia.
O processo consiste em identificar os
medicamentos que estão próximos da data de vencimento em cada farmácia das
unidades administradas pela Emserh. Após a identificação, a gestão de qualidade
repassa a lista para o setor de Gestão Hospitalar, que faz a compra de
medicamentos para que seja identificado em quais unidades são necessários
medicamentos para uso urgente e o remanejamento é realizado, tornando a compra
em caráter de urgência desnecessária.
A gestão do abastecimento das farmácias
promove economia com os gastos da saúde. Processos similares a esse já
garantiram uma economia de 15 a 20% por unidade de saúde administrada,
traduzida numa economia mensal de dez milhões de reais aos cofres públicos.
No Hospital Macrorregional de Presidente
Dutra que, anteriormente era administrado pelo Instituto Cidadania e Natureza
(ICN), as mudanças com implantação da Gestão de Qualidade da Emserh foram
substanciais.
“Conseguimos trocar poltronas e
colchões, o que aumentou o número de leitos disponibilizados aos pacientes,
colocamos mais um respirador na sala de reanimação, sem contar as mudanças de
organização que facilitam o dia a dia da unidade: organização de medicação
seguindo um padrão, organização do posto, tudo identificado com etiqueta,
sinalização de salas, entre outros”, explicou Ana Carolina Marques.
Outro procedimento implantado
inicialmente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da capital e depois
estendido para todas as unidades administradas pela empresa foi a padronização
das recepções, conforme o estabelecido pelo Protocolo de Manchester, normativa
definida e obrigatória pelo Ministério da Saúde (MS).
Os pacientes são classificados e
identificados de acordo com a gravidade da situação que chegam ao hospital, o
que agiliza o atendimento e facilita para que qualquer profissional da unidade
identifique a condição daquele paciente.
“Hoje, também temos em todas as unidades
a adesivação, que é um protocolo de segurança do paciente, onde há a
identificação desde o acompanhante, a identificação do paciente, a
identificação do paciente no leito com pulseira. São exigências do Ministérios
que precisam ser seguidas, que as unidades não tinham e quando foram
incorporadas à Emserh passaram a ter”, comentou, Ana Carolina Marques.
O retorno positivo da Gestão de
Qualidade da Emserh tem inspirado a Rede a, inclusive, implementar alguns dos
protocolos em unidades geridas por outros institutos. “O modelo que a Emserh
hoje oferece para nós é o case que queremos usar futuramente em todas as
unidades da Rede. A empresa está sendo referência até quando se pensa numa base
para se ter de treinamento com os outros institutos, porque os resultados têm
sido bem positivos quantitativa e qualitativamente”, avaliou a superintendente
de Assistência à Saúde da SES, Jamilly Pontes.
Junto à Rede, a Emserh tem participação
efetiva no processo de democratização da saúde que está sendo implantado. A
ação reforça o compromisso do Governo do Maranhão com a gestão da saúde, com o
constante acompanhamento do trabalho desenvolvido na saúde pública estadual e,
sobretudo, compromisso com o usuário, demonstrando que é possível executar um
atendimento de saúde público e satisfatório.
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