Para acompanhar o andamento das obras de
construção da ponte sobre o Rio Pericumã, que ligará Bequimão à Central do
Maranhão, o governador Flávio Dino realizou, na manhã desta sexta-feira (9),
vistoria técnica ao local. Uma obra de enorme complexidade - considerando a
dificuldade do terreno e a influência da água -, já está na finalização do
estudo dos solos, para serem colocadas
as estacas de sustentação da ponte.
O governador sobrevoou a região,
inspecionou a obra, cujo canteiro está instalado próximo ao rio do lado de Bequimão,
conversou com o engenheiro responsável e a equipe da Secretaria de Estado de
Infraestrutura, que executa o projeto. A intenção foi verificar de perto cada
detalhe e conferir o cumprimento do cronograma, para assegurar que a ponte, que
é um sonho antigo da região da Baixada e do Litoral maranhense, possa
finalmente ser levantada.
"Uma obra de enorme importância
para toda a região, são pelo menos 10 municípios diretamente beneficiados. As
obras estão na fase de sondagem, de preparação do início da colocação das
estacas e em mais três meses já teremos as estacas sendo colocadas aqui. O
cronograma está mantido, a empresa está aqui presente, a ponte terá o total e
589 metros e envolverá estacas quem podem ter a profundidade de 20 até 40
metros, dependendo do ponto do rio. De modo que é uma obra de enorme
importância econômica e social, e também de complexidade, mas nós estamos aqui
muito otimistas e animados de que depois de décadas e décadas de promessas e
discurso que foram feitos, efetivamente, desta vez, a obra começou e essa é a
minha palavra para garantir a todos os moradores dessa região que precisam
dessa obra para melhorar suas vidas", pontuou Flávio Dino durante a
visita, que pôde observar que, mesmo diante rígido período de chuva enfrentado,
muito já se avançou.
Com 589 metros de extensão, a ponte tem
um projeto de engenharia de grande complexidade técnica, chegado a ter 26
metros de espessura de solo mole, e influência do rio e da maré. O engenheiro
que coordena a obra, Madson Siqueira, relata que há pontos que a profundidade
da estaca chegará a 40 metros, isto representaria, numa comparação, um prédio
de 20 andares, tamanha a complexidade do investimento.
"Estamos na parte de estudo de
solo, para ver qual vai ser a profundidade e a fundação mais apropriada, ou seja
quais os tipos de estacas que nós vamos cravar. Ainda esta semana a gente
termina este estudo na parte de Bequimão, para partir para o lado de Central.
Posteriormente vamos para o leito do rio, que é a parte do meio. Além disso, já
está sendo fabricado o aço, em São Paulo, para que a gente comece a
confeccionar as camisas metálicas (tubos de aço com diâmetro de 1,2m e 1,6m que
servem de sustentação da ponte) que vão ser cravadas", explicou o
engenheiro.
O investimento chega a R$ 68 milhões. A
Sinfra deve licitar em breve a pavimentação dos trechos de acesso à ponte.
Serão seis quilômetros de asfalto tanto no município de Bequimão quanto no
município de Central do Maranhão.
Os impactos da ponte, para todos os
municípios das duas regiões, são os mais diversos, indo desde o escoamento mais
rápido da pesca e produção agrícola, e diminuição de distância percorrida entre
Bequimão e Central em aproximadamente 150 km, até o fortalecimento do turismo,
ao tornar mais conhecidas as belezas do litoral ocidental do Maranhão, pela
facilidade no acesso. Mas um benefício já sentido é a geração de emprego.
Morador de Bequimão, Basílio Neto, 36
anos, estava há algum tempo desempregado e agora está trabalhando como pedreiro
nas obras de construção da ponte. "É muito bom para a população de
Bequimão porque já está melhorando o emprego e vai melhorar a situação do povo
da cidade, já que vai aproximar até para comprar comida e vai ter mais
desenvolvimento", contou Neto, que, pelas próprias mãos, está fazendo um
sonho antigo de transformar em realidade.
Localizada na MA-211, a ponte dará
melhor acesso para as cidades de Apicum-Açu, Bacuri, Serrano do Maranhão,
Cururupu, Porto Rico, Cedral, Guimarães e Mirinzal, reduzindo o percurso e
solucionando os entraves de mobilidade urbana para os moradores da região e
ainda melhorando o acesso até o Pará.
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