Michel Temer e seus principais
auxiliares temem que Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial do presidente,
feche uma delação premiada se o ministro relator da Lava Jato no STF, Edson
Fachin, aceitar o pedido da Procuradoria-Geral da República de prendê-lo.
Segundo assessores ouvidos pelo blog,
apesar de pressionado pela família, até agora Loures tem sinalizado a
interlocutores de Temer que ainda não bateu o martelo: não se decidiu por uma
colaboração premiada, mas não a descartou.
Para driblar monitoramento da Polícia Federal,
auxiliares de Temer têm usado o Skype para falar com Rocha Loures, flagrado
recebendo R$ 500 mil da JBS em uma mala.
Mas os próprios auxiliares do presidente
admitem que, solto, o "estado de espírito" do ex-assessor é um, mas
preso será outro.
Loures era um dos responsáveis pela
interlocução do presidente com empresários e Congresso, e ajuda Temer desde a
vice-presidência.
Diante do cenário, ministros do governo
Temer também criticam a Procuradoria-Geral da República.
Eles chamam de "fato político"
o pedido de prisão de Loures ao STF às vésperas do julgamento do Tribunal
Superior Eleitoral.
O julgamento da ação que pode cassar a
chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014 será retomado pelo TSE
na próxima terça-feira (6).
Os auxiliares de Temer receiam que uma
eventual delação contamine o TSE e também a Câmara dos Deputados, responsável
por autorizar uma eventual denúncia da procuradoria contra Temer.
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