José Sarney ficará nos anais da história
política brasileira como o homem que sugou todos os presidentes. Desde que
iniciou sua vida pública, ainda nos anos 1960, ele caminha sempre ao lado dos
mandatários do país. Conhecido como camaleão, ele se utiliza de todos os
artifícios possíveis para se manter sempre ao lado do poder e pula do barco
quando a nau está perto de naufragar em busca de continuar preso às regalias.
Essa trajetória camaleônica começou nos
anos 1960, ainda com os governos militares. A proximidade com os ditadores fez
com que Sarney pulasse para a Arena e estivesse ao lado do poder como um
verdadeiro vampiro, sugando benesses e privilégios de cada um que chegasse ao
poder.
Com o fim da ditadura militar, era
natural que Sarney perdesse os benefícios que tinha por prestar serviços e
defender o regime por tanto tempo. Mas eis que, como um verdadeiro camaleão que
troca de pele, conseguiu, ele próprio, eleito vice-presidente na chapa de
Tancredo Neves, assumir a presidência. Após o seu desastroso Governo – um dos
piores do país nos últimos 50 anos – Sarney precisava se escorar nos
presidentes para manter as centenas de apaniguados na máquina pública. E assim
o fez.
Com Fernando Collor, Sarney sugou até o
último sangue que podia e – pasmem! – utilizou a prática da traição mais uma
vez, inclusive “elegendo” a filha, então deputada federal, como a musa do
impeachment. Com a queda de Collor, Sarney já estava lado a lado com Itamar
Franco e com o sucessor, Fernando Henrique Cardoso, por longos oito anos de
mandato.
Sempre com o objetivo de manter cargos e
privilégios, Sarney se viu preocupado com a eleição de Lula em 2002, mas mesmo
em um governo de esquerda ele manteve o DNA camaleônico e conseguiu continuar
com sua influência em Brasília. Ao lado do poder ele se manteve também com
Dilma Rousseff, onde demonstrou, mais uma vez, o seu gene de vampiro, após
sugar a ex-presidenta o tanto quanto possível e pular mais uma vez do barco,
inclusive ajudando-o a afundar, em um impeachment chegou de controvérsias.
Com Michel Temer, o modus operandi de
Sarney segue o mesmo. Sempre “conselheiro”, ele está à disposição do
presidente. Aumentando sua influência com a indicação de cargos – como a do
ministro da Justiça, Torquato Jardim – sugando o quanto possível do sangue que
pode, mas, por trás, já se prepara para deixar a nau quando a mesma naufragar.
Enquanto isso, já articula uma nova embarcação para seguir viagem e se aboletar
com parentela e apaniguados no barco da vez.
José Sarney, sem dúvidas, é o vampiro de
todos os presidentes. Suga todo o sangue até o desfalecimento. Depois, segue
seu caminho em busca de mais uma vítima. É assim há mais de 50 anos...
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