Ministro
do Supremo também autorizou quebra do sigilo do peemedebista, atendendo a
pedido do Ministério Público; defesa disse que suspeitas são 'desfundamentadas'
e 'não há nada que preocupe'.
O ministro do Supremo Tribunal Federal
Luís Roberto Barroso autorizou nesta terça-feira (27) a abertura de inquérito
para investigar o suposto envolvimento do senador Edison Lobão (PMDB-MA) em
irregularidades envolvendo a Diamond Mountain, nas Ilhas Cayman.
Barroso também autorizou a quebra do
sigilo bancário de Lobão entre 1º de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2012.
Procurada pelo G1, a defesa do senador
declarou que as suspeitas contra o peemedebista são
"desfundamentadas" e "não há nada que preocupe". O
advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou, também, avaliar que a
defesa deveria ter sido ouvida antes de o inquérito ser aberto.
Lobão é alvo de outros cinco inquéritos
no STF, dos quais três relacionados à Lava Jato; um sobre fraudes na usina de
Belo Monte; e agora essa nova apuração.
Ao autorizar a abertura das
investigações, o ministro Barroso atendeu a pedido do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot.
A suspeita é de crime contra o sistema
financeiro e de utilização da holding Diamond Mountain para tentar obter
benefícios junto aos fundos de investimentos controlados pelo governo federal,
como o Postalis, dos Correios.
Investigações
A apuração sobre a Diamond Mountain
começou em julho de 2014 na Justiça Federal de São Paulo mas, após uma
testemunha citar o possível envolvimento de Lobão, a juíza Fabiana Alves
Rodrigues remeteu o caso para o Supremo.
Nessa decisão, a juíza destacou que o
Ministério Público Federal não via indícios para investigar Lobão, mas que,
pelo entendimento do Supremo, caberia ao STF decidir o que fazer depois de
ouvir a Procuradoria Geral da República.
O procurador-geral, Rodrigo Janot,
pediu, em setembro de 2015, coleta de mais informações antes de definir se
pediria ou não a abertura do inquérito.
Entre as diligências pedidas, Janot
requereu compartilhamento de provas produzidas em investigação sobre Lobão na
Operação Lava Jato, como a agenda do peemedebista à época em que ocupou o
Ministério de Minas e Energia, para saber se ele se reuniu com pessoas ligadas
à holding.
No pedido do novo inquérito, o
procurador disse que a agenda de Lobão confirmou diversas reuniões com representantes
da empresa, e que a suspeita é de que ele seria sócio-oculto da Diamond.
Segundo Janot, os dados coletados exigem
o aprofundamento das investigações. "Diante de tais constatações, faz-se
mister o aprofundamento e a continuidade das apurações aqui iniciadas, de modo
a confirmar ou não o possível envolvimento do congressista nos supostos
ilícitos."
O advogado de Lobão diz ser uma
"ilação completamente desfundamentada" a acusação de que o senador
seria o dono da Diamont.
Informações do G1
Desculpa do advogado pra justificar os valores do serviço cobrado do "senador "
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