Rádio Voz do Maranhão

quinta-feira, 6 de julho de 2017

‘Arranca-rabo’ entre vereadores leva Ministério Público a investigar suposta 'lavagem de dinheiro' de emendas parlamentares

Os vereadores Beto Castro e Honorato Fernandes serão acionados pelo MP para prestar esclarecimentos sobre suposta 'lavagem de dinheiro' de emendas parlamentares
Por Gilberto Lima

No programa “Comando da Manhã” desta quinta-feira (06), na Rádio Timbira, falei que o ‘arranca-rabo’ entre os vereadores Beto Castro e Honorato Fernandes, na sessão de quarta-feira (5), na Câmara de São Luís, abriu uma brecha para que o Ministério Público deflagre uma investigação sobre uma possível 'lavagem de dinheiro' de emendas parlamentares.

No auge da troca de farpas, o vereador Beto Castro levanta suspeitas sobre ‘lavagem’ de emendas pelo vereador Honorato Fernandes. “Puxa as tuas contas. Mostra o teu patrimônio para comparar com o teu salário. Tu recebeu R$ 1 milhão e porrada aí, rapá. Passou perna em todo mundo com essas emendas aí. Tu sabe do que eu tô falando. Provo pelo teu instituto. Tu sobe naquela tribuna para dizer que é santo. E fale na minha frente, porque homem faz é assim. Olha no olho e fala. Tu é bandido, rapá. Lava dinheiro com emenda e vem com conversa pra cá rapá”, denunciou.

Diante das revelações feitas nas redes sociais e pela imprensa, o procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Coelho, decidiu pela remessa do caso para distribuição na Diretoria das Promotorias da Capital. Os dois devem ser chamados a dar explicações no MP. Uma investigação que poderá se estender a todo o legislativo municipal.

Ao longo de anos, tenho questionado sobre a destinação dessas emendas. De que forma são repassadas aos vereadores? Vão para onde? Obras são executadas com essas emendas ou parte dos recursos vão parar nos bolsos de edis? Somente uma investigação rigorosa por parte do MP poderá apresentar respostas plausíveis.

É de conhecimento público que vereadores indiretamente comandariam entidades filantrópicas, culturais ou sem fins lucrativos. Seriam comandadas por pessoas de confiança ou 'testas-de-ferro'. Algumas até por familiares. O objetivo seria captar recursos públicos por meio dessas entidades. Em se confirmando, haveria necessidade de a investigação não esbarrar somente na denúncia feita pelo vereador Beto Castro.

Lembro-me que, no governo Castelo, chegou a haver um descontentamento de vereadores pelo não pagamento de emendas parlamentares em um dos anos da gestão. O valor seria de R$ 450 mil. Como o município estava em dificuldades, o valor teria sido parcelado em três vezes. Mesmo assim, o dinheiro não estava sendo repassado. O suficiente para aparecer vereador querendo se acorrentar em frente à Prefeitura. Pelas informações da época, valores seriam repassados em espécie a vereadores. Somente uma investigação abrangendo a gestão anterior poderia revelar se isso ocorreu mesmo.

Em tempo: será que o repasse de R$ 1 milhão para uma entidade ligada ao presidente da Câmara, Astro de Ogum, para bancar o São João, será investigado?

O blog vai acompanhar o desdobramento do trabalho do Ministério Público.

2 comentários:

  1. Kkkkkkk um parlamento de gente honesto por isso que eu não voto mais em.politico nem rasgo meu titulo mais não voto te safado

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  2. esse vereadores estao querendo fazer graca

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