O presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), atribuiu a integrantes do primeiro escalão do governo os rumores de
que teria interesse na Presidência da República.
Em entrevista ao jornal “Valor
Econômico”, Maia negou interesse no
cargo ocupado e afirmou que não se movimentou pelo impeachment, ao contrário do
que fizeram com a ex-presidente Dilma Rousseff. O PMDB era o principal partido
da base da petista.
“Não fiz com eles o que eles fizeram com a
Dilma. Talvez por isso essas mentiras criadas, para tentar criar um ambiente em
que eu era o que não prestava e eles eram os que prestavam”, disse.
“Como eles fizeram desse jeito com a
Dilma, talvez imaginassem que o padrão fosse esse. O meu padrão não é o mesmo
daqueles que, em torno do presidente, comandaram o impeachment da presidente
Dilma”, acrescentou.
Para justificar sua falta de interesse
na cadeira presidencial, ele afirmou na entrevista que o presidente teria sido
derrubado, se não fosse por seu esforço em manter o DEM junto ao governo no
momento da primeira denúncia contra o presidente.
“Vou dizer claramente, sem nenhuma
vaidade: se eu tivesse deixado o DEM sair (do governo) com o PSDB, o Michel
tinha caído”, disse.
Maia diz que atuará com neutralidade na
condução do processo de análise do pedido de autorização para que o Supremo
Tribunal Federal (STF) julgue nova denúncia contra o presidente, mas admite que
o ânimo do DEM, que deu quase todos os seus votos em favor de Temer na votação
da primeira denúncia, mudou em relação ao peemedebista.
Aos risos, segundo o Valor, o deputado
contou que recebeu uma mensagem de sua mãe, a chilena Mariangeles Ibarra Maia,
pedindo a ele que não conspirasse contra o Temer.
“Não sei o que aconteceu que ela gosta
do presidente Michel Temer”. Ela estaria entre os 3,4% da população do país que
aprovam o governo federal. “Mas como é chilena, então, coitada, nem pode
contabilizar a favor”, provocou.
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