Caso aconteceu em um posto de
combustível na zona leste de Teresina e estava em sigilo
Por Walcy Vieira
Portal AZ
Em mais uma abordagem malsucedida, três
soldados do 5º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, situado na zona leste de
Teresina, balearam o pintor Gustavo de Oliveira Silva, de 22 anos. Casado,
Gustavo é pai de um menino de um ano e seis meses.
O caso aconteceu nos primeiros minutos
do dia 20 de dezembro de 2017 e estava em sigilo até a manhã desta quarta-feira
(03), quando a reportagem do Portal AZ descobriu um inquérito instaurado pelo
delegado Ademar Canabrava, do 12º DP, para apurar o caso.
Os soldados Eriberto Pereira, José
Ribamar Olimpio Neto e Alisson Francisco Silva Sampaio teriam usado o mesmo
método praticado contra a família de Emile Caetano: atirado depois que o pintor
Gustavo parou o seu carro.
Como
aconteceu
Nos primeiros minutos do dia 20, o
pintor estava bebendo no Posto Homero, na zona leste de Teresina. Ele decidiu
ir embora e, ao sair de ré, tocou com o carro Gol na bomba de gasolina do
posto.
Gustavo disse ter visto que não provocou
dano material com a batida e decidiu seguir viagem. Mesmo assim, um dos
frentistas acionou a Polícia Militar.
Ao perceber que estava sendo perseguido,
Gustavo estacionou o carro. Antes de descer já sofreu um tiro a altura dos
rins. A bala foi disparada entrando pela lateral do veículo a altura da porta
do motorista.
Não
levaram o ferido para o hospital
Mesmo baleado, o pintor foi levado
desfalecendo para a Central de Flagrantes. Lá, ele foi autuado. Disseram, e até
apresentaram uma arma de brinquedo, que Gustavo estava armado.
Somente depois de ser autuado, o pintor
foi levado ao Hospital do Satélite. Como o estado de saúde era grave, foi
transferido para o HUT.
“Eu
não consegui nem avisar a minha família. Quando eu quis fazer uma ligação, os
PMs me chamaram de vagabundo e moleque sem vergonha”, disse o pai de família.
A família do pintor só foi avisada no
dia seguinte às 15h, por uma pessoa que estava internada no HUT, em leito
vizinho ao dele. “Eu pedi a vizinha de leito para avisar a minha família”,
disse Gustavo.
Arma
de brinquedo plantada
A arma de brinquedo teria sido plantada
no carro do pintor. Pelo menos foi o que já descobriu o delegado Ademar
Canabrava. Um frentista que foi ouvido na Central de Flagrantes teria mentido a
pedido dos PMs. Depois, em depoimento prestado no 12º DP, o mesmo frentista
disse que Gustavo estava desarmado e que não tinha tentado assaltar o posto,
como alegaram na Central de Flagrantes.
Sem
antecedentes
Gustavo nunca havia sido preso. Quando
acordou da cirurgia no HUT estava algemado. A mãe, empregada doméstica Heita
Bernardino, teve que fazer um empréstimo e pagar R$ 1,9 mil de fiança para ver
o filho solto.
Comandante
do quartel falou ao Portal AZ
“Esse caso, pelo que você me diz, foi
antes de eu assumir, não sei de nada”, disse o major Wilton, comandante do 5º
BPM.
A reportagem do Portal AZ constatou que
não existe nenhum procedimento administrativo na Polícia Militar do Piauí para
apurar a conduta dos policiais.
Dinheiro
do Banco do Nordeste
O caso envolvendo policiais do 5º BPM e
o pintor aconteceu no mesmo dia em que deram sumiço em R$ 300 mil do Banco do
Nordeste. Pela ação, também desastrosa, o comandante, o sub foram afastados, um
soldado e um cabo foram presos (continuam até hoje nas grades). Já os três
soldados que balearam o pai de família continuam trabalhando normalmente.
E
o caso Emile?
Cinco dias depois de balearem o pintor,
outros dois policiais do mesmo batalhão, usaram os mesmos modus operandi:
atiraram na família do cantor Evandro Costa, depois de seu carro parado,
matando a menina Emile e deixando mais dois membros da família feridos.
Policiais ou assassinos??
ResponderExcluirIsso aí já virou foi palhaçada desses polícias agirem dessa forma matando as famílias atirando tanto bandido em teresina eles prendem sem atirar pq eles ñ atiram nos bandidos? tem q ter punição isso é falta de comando?
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