“Se entrarmos no vale-tudo,
consequências são profundas, porque o vale-tudo pode se voltar amanhã contra os
que hoje estão com a guilhotina na mão”, disse governador a Juca Kfouri, no
‘Entre Vistas’, na TVT, que foi ao ar nesta quarta-feira(30).
O governador do Maranhão, Flavio Dino
(PCdoB), considera que a elite dominante não é “tão homogênea assim” e que
existe uma parte importante do Judiciário preocupada com as “aberrações
jurídicas” que vêm sendo praticadas em torno da Operação Lava Jato. Sobretudo
após o julgamento do caso do tríplex em Guarujá – em que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva teve a condenação da primeira instância mantida e sua pena
aumentada –, decisão que, acredita Dino, poderá ser revista com recursos no
Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça.
Dino falou ainda de suas dificuldades em
governar um estado dominado pelo grupo político de José Sarney desde os anos
1950, e ainda mais em plena crise econômica. Descreveu o enfrentamento da
escassez de recursos com gestão rigorosa e prioridade em atender às populações
que mais necessitam do Estado. Ele diz que seu governo se diferencia dos
anteriores na “forma e no conteúdo” e que seu modo de governar permite que ande
tranquilo nas ruas, sendo respeitado mesmo por quem não vota nele.
Participaram também do Entre Vistas a
advogada Tamires Sampaio, do Instituto Lula, o jornalista Altamiro Borges, do
Barão de Itararé, e o jurista Silvio Luiz Ferreira da Rocha, professor da
Pontifícia Universidade Católica (PUC).
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