Flávio
Dino (PCdoB) avalia que os "julgadores de Lula foram muito
passionalizados, pouco sóbrios e pouco comprometidos até mesmo com a aparência
de imparcialidade".
Sobre
a disputa presidencial, ele defende que "passada a eleição, não é possível
nenhum tipo de reparação a Lula". Ele ressalta ser uma "violência
privar Lula de sua liberdade".
Do Brasil 247
Ex-juiz federal, o governador do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), concedeu nesta segunda-feira 29 uma entrevista
coletiva no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São
Paulo, em que comentou a condenação em segunda instância do ex-presidente Lula
no TRF4, em Porto Alegre.
Ele observou que "as pessoas estão
vendo e há consenso, na comunidade dos intérpretes da lei, de que o julgamento
foi atípico. "Os julgadores de Lula foram muito passionalizados, pouco
sóbrios e pouco comprometidos até mesmo com a aparência de
imparcialidade", afirmou. "É um absurdo que a pena de Lula seja
fixada justamente para evitar a prescrição", criticou ainda.
Sobre a disputa presidencial desse ano,
Dino defendeu que "passada a eleição, não é possível nenhum tipo de
reparação a Lula". "Em condições normais, a lei garante a Lula o
direito a uma liminar para disputar a eleição. É uma luta justa e
legítima", disse.
Ele ressalta ser "fundamental que,
com preferência ou não pelo presidente Lula, todos que acreditam na
Constituição e na democracia reconheçam a violência que é privar Lula de sua
liberdade".
"Temos de empreender essa luta
institucional pelo direito de Lula ser candidato. Os recursos são escassos, mas
existem. É uma dimensão fundamental da luta de classes, pois é disso que se
trata", analisou.
Para ele, "a principal contradição
e questão da luta de classes no país, hoje, é a narrativa em torno do
julgamento de Lula. Inviabilizar um candidato como caminho para a aplicação de
um programa de retrocessos".
O governador também faz uma crítica
indireta ao juiz Sergio Moro, que condenou Lula em primeira instância: "O
desejo de aparecer em capa de revista, ganhar o prêmio de homem do ano,
calcular ações a tempo de sair no Jornal Nacional... são coisas que
contaminaram o Judiciário".
Confira a íntegra de sua fala:
eheheh...
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