Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

“Ou é eu ou é tu, parceiro! Vou te matar, que eu não vou morrer”, disse mulher ao sargento da PM assassinado em Açailândia


“Na madrugada, a gente estava bebendo cerveja. Ele estava usando droga. Eu não estava. Ele estava cheirando pó. Ele estava drogado, alterado”, disse ela.
A mulher Gabriela Ferreira da Costa, de 18 anos, que matou o sargento Araújo na madrugada desta quarta-feira (31) com sete tiros, em Açailândia, deu detalhes de como aconteceu o crime.

Em uma das celas da delegacia da cidade, ela disse que tinha um relacionamento amoroso com o militar desde os 15 anos, mas que já havia dito para o mesmo que não dava mais para continuar.

“Eu disse pra ele que não dava mais. Mas ele estava sempre atrás de mim. Na segunda-feira ele me convidou pra passar a folga dele na casa dele. Na madrugada, a gente estava bebendo cerveja. Ele estava usando droga. Eu não estava. Ele estava cheirando pó. Ele estava drogado, alterado”, disse ela.
Gabriela acrescenta que o PM ficou alterado depois que ele pediu o celular dela para ver fotos que ela havia tirado em São Luís, mas ele terminou ficando zangado quando viu mensagens que ela trocou com outros homens.

“Ele não gostou das mensagens que viu no messenger e ele não gostou. Ele começou a tirar brincadeira. Eu não sei como consegui pegar a arma. Acho que ele botou encima da cama e eu peguei. Ele perguntou se eu ia atirar e respondi: vou. Ele disse: se eu conseguir tomar essa arma da tua mão, eu vou te matar. E se tu me matar, tu vai morrer antes de chegar no presídio. Se eu morrer, muitos vão fazer por mim. Ele quis dizer que os amigos dele não iam deixar eu chegar nem no presídio”, relata a assassina.
Ela disse que deu o primeiro tiro e o militar correu para o banheiro. Ele ainda teria dito que se conseguisse tomar a arma ela seria morta.

“Aí eu disse: ou é eu ou é tu, parceiro. Vou te matar, que eu não vou morrer. Se ele tivesse tomado a arma, eu estaria no lugar dele. Aí ele veio para cima de mim e atirei o tanto que pude”, acrescenta.

Ela se diz arrependida porque isso não estava nos planos. Ela disse que ele só a agrediu uma vez, com um tapa na cara, quando ainda era menor de idade.

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