“Na
madrugada, a gente estava bebendo cerveja. Ele estava usando droga. Eu não
estava. Ele estava cheirando pó. Ele estava drogado, alterado”, disse ela.
A mulher Gabriela Ferreira da Costa, de
18 anos, que matou o sargento Araújo na madrugada desta quarta-feira (31) com
sete tiros, em Açailândia, deu detalhes de como aconteceu o crime.
Em uma das celas da delegacia da cidade,
ela disse que tinha um relacionamento amoroso com o militar desde os 15 anos,
mas que já havia dito para o mesmo que não dava mais para continuar.
“Eu disse pra ele que não dava mais. Mas
ele estava sempre atrás de mim. Na segunda-feira ele me convidou pra passar a folga
dele na casa dele. Na madrugada, a gente estava bebendo cerveja. Ele estava
usando droga. Eu não estava. Ele estava cheirando pó. Ele estava drogado,
alterado”, disse ela.
Gabriela acrescenta que o PM ficou
alterado depois que ele pediu o celular dela para ver fotos que ela havia
tirado em São Luís, mas ele terminou ficando zangado quando viu mensagens que
ela trocou com outros homens.
“Ele não gostou das mensagens que viu no
messenger e ele não gostou. Ele começou a tirar brincadeira. Eu não sei como
consegui pegar a arma. Acho que ele botou encima da cama e eu peguei. Ele
perguntou se eu ia atirar e respondi: vou. Ele disse: se eu conseguir tomar
essa arma da tua mão, eu vou te matar. E se tu me matar, tu vai morrer antes de
chegar no presídio. Se eu morrer, muitos vão fazer por mim. Ele quis dizer que
os amigos dele não iam deixar eu chegar nem no presídio”, relata a assassina.
Ela disse que deu o primeiro tiro e o
militar correu para o banheiro. Ele ainda teria dito que se conseguisse tomar a
arma ela seria morta.
“Aí eu disse: ou é eu ou é tu, parceiro.
Vou te matar, que eu não vou morrer. Se ele tivesse tomado a arma, eu estaria
no lugar dele. Aí ele veio para cima de mim e atirei o tanto que pude”,
acrescenta.
Ela se diz arrependida porque isso não
estava nos planos. Ela disse que ele só a agrediu uma vez, com um tapa na cara,
quando ainda era menor de idade.
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