Edvaldo
Lago Teles, que se intitula dono das terras da Estiva do Cangati, junto a dois
pistoleiros dispararam contra o local atingindo o sobrinho do militante, o
lavrador Isaias Pires Silva, que se encontrava no local no momento da ação dos
criminosos.
Durante a madrugada do dia 20, Edvaldo
Lago Teles, Vicente da Conceição Azevedo e Jefferson do Nascimento Almeida
foram capturados pela Polícia Militar portando três armas de fogo usadas para
disparar contra a casa onde, supostamente, estaria instalado um defensor de
direitos humanos e líder da comunidade.
Edvaldo Lago Teles, que se intitula dono
das terras da Estiva do Cangati, junto a dois pistoleiros dispararam contra o
local atingindo o sobrinho do militante, o lavrador Isaias Pires Silva, que se
encontrava no local no momento da ação dos criminosos. Isaias Pires foi
atingido nas pernas por estilhaços, sendo levado para São Luís e deu entrada no
Hospital Socorrão II, onde passou por uma limpeza e sutura da área afetada.
A Polícia Militar agiu rapidamente e
conseguiu localizar os três envolvidos na ação, que foram presos, autuados e
encaminhados à delegacia de Urbanos Santos, onde serão indiciados pelo ato
criminoso.
Para o secretário dos Direitos Humanos e
Participação Popular, Francisco Gonçalves da Conceição, a polícia teve papel
imprescindível: “A prisão imediata dos responsáveis pelos tiros disparados nos
trabalhadores é uma ação importante para combater impunidade e evitar que
situações como esta se repitam”.
Entenda
o caso
A comunidade de Estiva do Cangati, que
tem cerca de 3.000 hectares, 37 famílias residindo e 90 anos de existência, tem
sido constantemente alvo de atentados por disputa de terra. Desde 2016, Edvaldo
Lago Teles tem requerido a posse das terras e vem ameaçando a todos, em
especial líderes comunitários. De acordo com relatos, a presença de “jagunços”
ligados a Edvaldo rondando é percebida a qualquer hora do dia ou da noite.
O secretário de Estado dos Direitos
Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves da Conceição, mais a equipe
da Sedihpop, estiveram em Estiva do Cangati em fevereiro de 2018 e ouviram os
moradores sobre as ameaças e intimidações sofridas.
Equipe técnica do Programa de Proteção a
Defensores de Direitos Humanos coletou depoimentos e indícios de, pelo menos,
dois atos de violência contra a comunidade. O primeiro registrado em 2016 e, o
mais recente, já em 2018, relatam incêndio criminoso à
sede da Associação de Moradores.
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