Decisão
do juiz Ronaldo Nogueira foi baseada em laudo da Polícia Federal que atestou que a mercadoria contrabandeada vinha do Suriname; prisões foram
mantidas.
O processo da quadrilha de contrabando,
desarticulada pela polícia do Maranhão, foi remetido para a Justiça Federal. A
decisão foi tomada pelo juiz Ronaldo Maciel Nogueira, da 1ª Vara Criminal de
São Luís, na noite desta terça-feira (13).
O magistrado declarou incompetência da
Justiça Estadual para continuar julgando o caso da organização criminosa de
contrabando que contava com a participação de policiais civis e militares.
A decisão do juiz Ronaldo Nogueira foi
baseada em laudo da Polícia Federal, atestando que a mercadoria apreendida em
São Luís foi toda trazida do exterior, ou seja, o caso é de competência
federal. O magistrado também manteve as prisões de todos os acusados, e a
revogação ou não dessas decisões ficará nas mãos do juiz federal que receber os
processos.
A operação para desarticulação dessa
quadrilha foi deflagrada pela Polícia Militar na noite do dia 21 de fevereiro, na
localidade Arraial, no bairro Quebra Pote, zona rural de São Luís. Foram presos
vários integrantes da organização criminosa, que seria comandada pelo
empresário e político Rogério Garcia, ex-vice-prefeito de São Mateus. Entre os
presos, alguns policiais militares.
Segundo as investigações, o grupo
estaria transportando e fazendo segurança de mercadoria contrabandeada, como
drogas, armas e munições oriundas do Suriname.
No trajeto ao sítio onde o grupo
operava, as guarnições do Batalhão de Choque encontraram uma S10 de cor prata
sem placas, com quatro homens dentro, com três pistolas pertencentes à Polícia
Militar do Maranhão.
Ao fazerem a revista no veículo, os PMs
encontraram: 50 munições ogival .40, 98 munições ponta oca .40, 67 munições
ogival .40, 40 munições cal 380, 22 munições cal 44, seis carregadores pistola
840, quatro carregadores de PT100, dois carregadores de pistola Glock, dois
Carregadores Ruger .40, um Carregador 24/7, três Carregadores pistola 638 cal
380, seis pistolas (três da PM), um revólver calibre 44, dois rifles 44, duas
granadas, placas de veículo OXZ3434, coletes balísticos, diversos celulares, a
quantia de R$ R$ 1.156, entre outros objetos.
Segundo o secretário estadual de
Segurança Pública, Jefferson Portela, durante a ação, os PMs abordaram o
delegado Thiago Bardal que estava transitando na área em um veículo. Segundo o
secretário, Bardal não soube dar explicações plausíveis sobre o motivo pelo
qual estava na área.
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