Vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, foi última vítima da violência que atinge líderes e militantes políticos no país |
Haroldo Ceravolo Sereza e Rafael
Targino
Site Opera Mundi
O assassinato da vereadora Marielle
Franco (PSOL) na noite desta quarta-feira (14/03) acendeu o alerta para um fato
alarmente: desde 2014, ao menos outros 24 líderes comunitários, ativistas e
militantes políticos foram evidentemente executados em diferentes regiões do
Brasil. O levantamento não inclui mortes suspeitas de lideranças nem trabalhadores
que não tinham, pelo menos de forma evidente, papel político de liderança.
Usando esses dois critérios adicionais, a lista chegaria a centenas de nomes.
O historiador Fernando Horta, doutorando
na Universidade de Brasília, reuniu uma lista dessas vítimas. Opera Mundi conta um pouco da
história destes militantes, executados por conta dos trabalhos que desenvolviam
por suas comunidades.
Marielle Franco, vereadora no Rio de
Janeiro pelo PSOL – 15.mar.2018
A socióloga, ativista dos movimentos
feminista e negro, foi executada no centro da capital fluminense. Marielle, a
quarta vereadora mais votada na cidade, atuava na comunidade da Maré, onde
morava, e, na semana anterior a sua morte, denunciou a violência e os abusos
policiais no bairro de Acari. Leia mais aqui.
Paulo Sérgio Almeida Nascimento, líder
comunitário no Pará – 12.mar.2018
Nascimento era um dos líderes da
Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama).
Segundo a Polícia Civil, ele foi alvejado por disparos do lado de fora de casa,
na cidade de Barcarena. Nascimento era atuante nas denúncias contra a refinaria
Hydro Alunorte, responsável pelo vazamento de dejetos tóxicos nas águas da
região no começo do mês. Leia mais aqui.
George de Andrade Lima Rodrigues, líder
comunitário em Recife – 23.fev.2018
Rodrigues foi encontrado com marcas de
tiros e um arame enrolado no pescoço, após três dias de buscas. O corpo dele
foi achado em um matagal às margens de uma estrada de terra. Ele havia sido
sequestrado por quatro homens que se diziam policiais. Leia mais aqui.
Carlos Antônio dos Santos, o “Carlão”,
líder comunitário no Mato Grosso – 07.fev.2018
Carlão era um dos líderes do
Assentamento PDS Rio Jatobá, em Paranatinga, no Mato Grosso, e foi morto a
tiros, por homens em uma motocicleta, em frente à prefeitura da cidade. Ele
estava dentro de um automóvel com a filha e a esposa, que chegou a ser atingida
de raspão. Carlão já havia feito várias denúncias à polícia de que estava sendo
ameaçado. Leia mais aqui.
Leandro Altenir Ribeiro Ribas, líder
comunitário em Porto Alegre – 28.jan.2018
Ribas era líder comunitário na Vila São
Luís, ocupação da zona norte da capital gaúcha. Ele havia deixado de dormir em
casa desde alguns dias antes por conta da guerra entre traficantes da região.
No dia em que foi assassinado, voltou à vila para pegar roupas, mas acabou
sendo morto. A polícia suspeita de que Ribas tenha sido executado pelos
criminosos ao se apresentar como líder da comunidade e questionar as ações do
grupo. Leia mais aqui.
Márcio Oliveira Matos, liderança do MST
na Bahia – 24.jan.2018
Matos era um dos integrantes mais novos
da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e morava no
Assentamento Boa Sorte. Aos 33 anos, foi morto em casa, com três tiros, na
frente de seu filho. Leia mais aqui.
Valdemir Resplandes, líder do MST no
Pará – 9.jan.2018
Conhecido como 'Muleta', Resplandes foi
executado na cidade de Anapu, no Pará. Ele conduzia uma moto e foi parado por
dois homens. Um deles atirou pelas costas; já no chão, o ativista foi alvejado
na cabeça. A missionária norte-americana Dorothy Stang foi assassinada na mesma
cidade, em 2005. Leia mais aqui.
Jefferson Marcelo do Nascimento, líder
comunitário no Rio – 04.jan.2018
Nascimento era líder comunitário em
Madureira e foi encontrado com sinais de enforcamento um dia após desaparecer.
Ele havia feito uma série de denúncias contra uma quadrilha de milicianos dias
antes de ser executado. Leia mais aqui.
Clodoaldo do Santos, líder sindical em
Sergipe – 14.dez.2017
Santos era líder do Movimento
SOS-Emprego de Sergipe e foi baleado na cabeça por dois homens que foram à sua
casa com a desculpa de entregar um currículo. Após orientar os criminosos a
entregarem o documento diretamente à empresa que construía uma termoelétrica na
região, o dirigente foi alvejado. Leia mais aqui.
Jair Cleber dos Santos, líder de
acampamento no Pará – 22.set.2017
Santos foi alvo de um ataque a tiros na
companhia de outros quatro trabalhadores rurais. O acusado do assassinato é o
gerente de uma fazenda ocupada por trabalhadores ligados à Fetagri (Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará). A polícia esteve no local
momentos antes e os trabalhadores que estavam lá acusam-na de ter facilitado a
fuga do gerente e de outros pistoleiros. Leia mais aqui.
Fabio Gabriel Pacifico dos Santos, o
“Binho dos Palmares”, líder quilombola na Bahia – 18.set.2017
Binho, como era conhecido, era líder do
quilombo Pitanga dos Palmares, na cidade de Simões Filho, Bahia. Ele havia
acabado de deixar o filho na escola e seguia para o enterro de uma amiga quando
foi abordado por homens em um carro. Um deles desceu do veículo e atirou várias
vezes na direção do líder. Leia mais aqui.
José Raimundo da Mota de Souza Júnior,
líder do Movimento dos Pequenos Agricultures (MPA) na Bahia – 13.jul.2017
O quilombola Souza Júnior era defensor
da agroecologia e educador popular. Momentos antes do crime, o líder camponês
havia sido procurado por dois homens em casa. Ele foi baleado enquanto
trabalhava na roça com o irmão e um sobrinho. Leia mais aqui.
Rosenildo Pereira de Almeida, o “Negão”,
líder comunitário da ocupação na Fazenda Santa Lúcia, no Pará – 8.jul.2017 -
O líder camponês, ligado ao MST, foi morto na cidade de Rio Marias, próxima à
fazenda. Ele havia ido ao local para se esconder após reiteradas ameaças de
morte. ele foi executado por dois motoqueiros com três tiros na cabeça. Leia mais aqui.
Eraldo Lima Costa e Silva, líder do MST
no Recife – 20.jun.2017
Costa e Silva, de 57 anos, estava em
casa, em uma ocupação na zona norte do Recife, quando homens armados o
arrastaram para fora e o executaram às margens da BR-101, com quatro
tiros. Leia mais aqui.
Valdenir Juventino Izidoro, o “Lobó”,
líder camponês de Rondônia – 4.jun.2017
Lobó foi morto com um tiro a queima
roupa em um acampamento em Rondominas, Rondônia. Ele liderava um grupo de
sem-terra em ocupações na região. Leia mais aqui.
Luís César Santiago da Silva, o “Cabeça
do Povo”, líder sindical do Ceará – 15.abr.2017
Silva tinha 39 anos quando foi executado
em uma estrada no município de Brejo Santo (CE). Ele era membro do Sindicato
dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e
Obras de Terraplanagem (Sintepav-CE) e com militância ativa nas obras do porto
de Pecém. Leia mais aqui.
Waldomiro Costa Pereira, líder do MST no
Pará – 20.mar.2017
Pereira, que era servidor público e
atuante no MST, foi morto dentro do Hospital Geral de Parauapebas, no Pará.
Cinco homens armados renderam seguranças e foram até a UTI, onde atiraram no
ativista. Ele estava internado após ser atacado em seu sítio, em Eldorado dos
Carajás. Leia mais aqui.
João Natalício Xukuru-Kariri, líder
indígena em Alagoas – 11.out.2016
Liderança história dos povos indígenas
do nordeste, Xukuru-Kariri foi morto a facadas na porta de casa, em uma aldeia
indígena em Alagoas. O assassinato ocorreu de madrugada, quando o camponês se
preparava para ir trabalhar na roça. Leia mais aqui.
Almir Silva dos Santos, líder
comunitário no Maranhão – 8.jul.2016
Santos era líder comunitário da Vila
Funil, em São Luiz, e foi executado dentro de casa com tiros na cabeça e nas
costas, na frente da mulher, da filha e de vizinhos. O acusado de ter cometido
o assassinato teria afirmado, segundo a polícia que matou Santos por não
concordar com a construção de uma ponte na comunidade - que atrapalharia o
tráfico de drogas ao dar aos policiais acesso fácil ao local. Leia mais aqui.
José Bernardo da Silva, líder do MST em
Pernambuco – 26.abr.2016
Silva, de 48 anos, era líder do MST em
Pernambuco e estava caminhando com a esposa e uma filha às margens da BR-336
quando uma caminhonete se aproximou. Um dos ocupantes do veículo desceu do
carro e atirou contra a vítima. Mulher e filha se esconderam e não ficaram
feridas. Leia mais aqui.
José Conceição Pereira, líder
comunitário no Maranhão – 14.abr.2016
Pereira tinha 58 anos quando foi morto
com um tiro na nuca dentro de casa na capital maranhense. Nada foi levado da
casa do líder comunitário, o que reforçou a hipótese de execução. Leia mais aqui.
Edmilson Alves da Silva, líder
comunitário em Alagoas – 22.fev.2016
Presidente do asssentamento Irmã
Daniela, Silva foi morto a tiros dentro do local. Ele era líder do Movimento de
Libertação dos Sem Terra (MLST), o líder comandava ocupações e denunciava
crimes ambientais e desmandos supostamente praticados por fazendeiros do
litoral norte do Estado. Leia mais aqui.
Nilce de Souza Magalhães, a “Nicinha”,
líder comunitária e membro do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) em
Rondônia – 7.jan.2016
Nicinha era pescadora e participou de
diversas audiências para denunciar a situação de seus vizinhos e danos
ambientais. Ela desapareceu em 7 de janeiro e foi assassinada a tiros. Leia mais aqui.
Simeão Vilhalva Cristiano Navarro, líder
indígena do Mato Grosso – 1.ago. 2015
O assassinato de Navarro aconteceu
durante uma reocupação de terras indígenas por parte dos Guarani-Kaiowá. Uma
comitiva de fazendeiros se dirigiu à região e atacaram os indígenas. O ativista
foi atingido com um tiro na cabeça quando estava às margens de um córrego
procurando pelo filho. Leia mais aqui.
Paulo Sérgio Santos, líder quilombola na
Bahia - 6.jul. 2014
Santos era líder quilombola e foi
assassinado dentro do acampamento Nelson Mandela, em Helvécia (BA). Ele foi
surpreendido por homens armados que chegaram em um carro e desceram
atirando. Leia mais aqui.
Gilberto Lima:BOA MADRUGADA QUERIDO DEIXAR EU TE FALAR.....AS COISAS SEMPRE ACONTECE DO JEITO QUE AS PESSOAS QUE ESTAVAM VENDO O DESENVOLVIMENTO DE MARIELLI SE FLUIR FRUTIFICANDO PELO INTERESSE E PELO ESFORÇO QUE ELA ESTAVA FAZENDO....ENTÃO AS PESSOAS DE MARIELLI FÉ TALVEZ VIAM OQUE ELA FAZIA OU DEIXAVA DE FAZER....TEM MUITAS PESSOAS QUE QUERIA ESTAR NO LUGAR DELA ENTÃO AI JÁ PODE AJUNTAR AS PEÇAS!!!!!
ResponderExcluirDESDE JÁ AGRADECIDA
E DEIXO AÍ MINHA OPINIÃO SOBRE O CASO DA JOVEM MARIELLI E TODOS QUEREM JUSTIÇA 😉
Gilberto Lima:Boa madrugada sobre o caso da vereadora jovem que se chama MARIELLI FRANCO né então ela Tava no desenvolvimento do município e do estado dela né então eu penso assim as vezes as coisas não é do jeito que eu quero que você quer então foi do jeito que os meliantes quiseram torturaram ela ne depois mataram ela então isso é muito chato uma mãe um pai perder uma filha com um futuro tão brilhante pela a frente né.....Eu mesmo só tenho a agradecer a Deus todos os dias por livra muitaspessoas da beira do abismo igualmenteaconteceu com a jovem MARIELLI moça linda inteligente....,Maisé assim mesmo só queremos justiça nesso momento tão difícil que eu sei que estar sendo prós pais dela....
ResponderExcluirDesde já agradeço a você grande Gilberto Lima pelo seu trabalho muito bem feito❤👏👏👏