Delegada
confirma que o radialista Samir Ewerton enviou mensagens de assédio
Em
depoimento, ele alegou ser inocente. O argumento usado por ele não se sustenta.
A Polícia Civil concluiu, nesta
quinta-feira (15), o inquérito policial que apura as denúncias
de casos de assédio sexual que teriam sido cometidos pelo radialista Samir
Ewerton. O suspeito foi ouvido, na quarta-feira (14), pela delegada Wanda
Moura, titular da Delegacia Especial da Mulher (DEM), responsável pelo caso.
Segundo a delegada, o jornalista afirmou
ter tido contato as mulheres, mas negou ter enviado mensagens de assédio para
as mesmas.
“Ele falou que realmente teve contato
com as mulheres, que as conhecia e que tratou com elas sobre essa oportunidade
de trabalho na TV Metropolitana. Mas negou ter enviado as mensagens que
propunham favores sexuais em troca da garantia de emprego. Ele disse que nesse
período ele teria perdido o telefone celular e que, possivelmente, essas
mensagens teriam sido passadas por outra pessoa”, explicou a delegada.
No entanto, Wanda Moura explica que as
mensagens enviadas não foram apenas em forma de texto, mas também de voz.
“Esse argumento mandado por ele para
tentar se eximir da responsabilidade realmente não convence. E também ficou
confirmado nas investigações que essas mensagens, de fato, foram mandadas por
ele. Até porque em outro grupo de trabalho que ele participava, ele mandou uma
mensagem para a rádio Universidade com informações que somente ele teria
acesso, isso no mesmo período em que ele alega ter perdido o celular. Então,
esse argumento usado por ele não se sustenta”, declara a delegada da DEM.
Sobre os depoimentos das vítimas, Wanda
Moura afirma que os das estagiárias da rádio Universidade são os que mais
chocam, pois elas falaram que ficavam tão constrangidas com a presença de Samir
na emissora, que evitavam sair da sala para irem ao banheiro ou tomar água,
para não correrem o risco de cruzar com ele pelos corredores.
“Todo esse comportamento assediador do
Samir casou sim um dano psíquico nessas mulheres, que ficavam constrangidas e
intimidadas, sendo que algumas até choraram aqui durante o depoimento”, contou
a delegada.
Segundo a titular da Delegacia Especial
da Mulher, o inquérito foi instaurado no dia 16 de fevereiro de 2018, quando
nove mulheres (quatro estagiárias da rádio Universidade e cinco jornalistas)
compareceram na DEM afirmando terem sido vítimas do assédio do radialista.
Nesta quinta o caso foi encaminhado à
Justiça, a qual tomará as medidas cabíveis.
Com informações do imirante
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