Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 4 de abril de 2018

9 envolvidos com a máfia do contrabando são mantidos na prisão

Delegado Thiago Bardal e o coronel Francalanci, da Polícia Militar, estão entre os denunciados; contra o advogado Ricardo Jefferson Belo foi mantida a denúncia, mas ele continua em liberdade por ter sido beneficiado com HC
Por decisão da Justiça Federal do Maranhão, nove dos acusados de integrarem a máfia do contrabando, desarticulada pela PMMA, permanecerão na prisão. Foram revogadas a prisão preventiva de outros acusados e determinado à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal a destruição da carga de cigarro e uísque apreendida em poder desses criminosos.

A decisão judicial foi assinada pelo juiz federal da 1ª Vara Criminal, Luiz Régis Filho, e divulgada na terça-feira (3) à imprensa. Segundo a decisão, a carga apreendida, por meio de perícia da Polícia Federal, entrou no país de forma ilegal e deve ser destruída. O crime de contrabando ofende a administração tributária aduaneira e ao controle do comércio exterior.

O magistrado manteve as prisões do empresário e político Rogério Sousa Garcia, apontado como líder da organização criminosa; do ex-superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal; do coronel da Polícia Militar (PM), Reinaldo Elias Francalanci; do major Luciano Fábio Farias Rangel; do subtenente da PM Joaquim Pereira de Carvalho Filho; do soldado Fernando Paiva Moraes Júnior; e dos civis José Carlos Gonçalves; Galdino do Livramento Santos e Evandro da Costa Araújo.

Foram liberados das acusações Edmilson Silva, Rodrigo Santana e Eder Carvalho por apresentar menor relevância nesse esquema criminoso. Eles devem comparecer de forma bimestral ao Poder Judiciário, sendo que o primeiro comparecimento está marcado para o próximo dia 15. Eles estão proibidos, ainda, de manter contato com os acusados e ter acesso ao sítio onde ocorreu o flagrante delito.

O juiz revogou a prisão preventiva de Aroudo João Padilha Martins, Jonilson Amorim, Paulo Ricardo Carneiro Nascimento, Patrick Sergio Moraes Martins, Gledydson da Silva Alves, Franklin Loura Nogueira e do tenente-coronel da PM, Antônio Eriverton Nunes Araújo. Quanto ao advogado Ricardo Jefferson Muniz Belo, foi mantida a denúncia contra ele, mas continua em liberdade, já que liberado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão por meio de habeas corpus.

A desarticulação da quadrilha

O cerco policial foi realizado na noite do dia 21 de fevereiro e se estendeu até a noite do dia seguinte. Uma parte do bando foi presa em um sítio, no povoado Arraial, no bairro do Quebra-Pote, onde foram apreendidos veículos, armas, munição, dinheiro e a carga de uísque e cigarros contrabandeados.

Além da prisão em flagrante, a polícia realizou, também, prisões por meio de ordem judicial. Entre os presos estão policiais militares, políticos, empresários e delegado da Polícia Civil.

O processo sobre esse caso começou na 1ª Vara Criminal de São Luís e foi transferido, para a Justiça Federal, onde tramita na 1ª Vara Criminal. Os acusados no último dia 28 foram denunciados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de organização criminosa, contrabando, descaminho, corrupção, falsidade documental, posse irregular de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.




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