Duas mães procuraram a polícia;
informações serão inseridas no inquérito
José Maria Tomazela, O Estado de S.
Paulo
SOROCABA – O ex-prefeito de Bariri Paulo
Henrique de Barros Araújo, de 34 anos, preso por suspeita de estupro contra uma
menina de 8 anos, está sendo investigado por outros dois casos de assédio
contra crianças. Os novos inquéritos foram abertos nesta terça-feira, 24,
depois que as mães das meninas supostamente assediadas pelo então prefeito
interino procuraram a Polícia Civil. As crianças teriam reconhecido Barros de
Araújo como o autor dos assédios com base em fotos dele apresentadas pela
polícia.
Em um dos casos, no último dia 18, em
Bariri, o homem que estava em um carro preto abordou uma menina de 9 anos em um
ponto de ônibus e tentou fazer com que a criança entrasse no veículo. Ele
estava sem calças e manipulava o órgão sexual, segundo a vítima. A Polícia
Civil teve acesso às imagens de uma câmera que comprovariam a abordagem.
O outro caso teria acontecido em Itapuí,
na mesma região, no dia 18. Conforme o relato de uma menina de 10 anos, ela
seguia para a escola quando um homem com as mesmas características a abordou
com o pretexto de pedir informações. Segundo a criança, o assediador estava com
o órgão sexual exposto e praticava ato libidinoso.
O delegado seccional de Bauru, Ricardo
Martines, informou que as duas novas denúncias serão juntadas ao inquérito que
apura o crime de estupro de vulnerável do qual Barros de Araújo já é acusado.
Ele foi preso em flagrante, na noite de sábado, 21, acusado de atrair para o
interior de seu carro e estuprar uma menina de 8 anos que havia saído de casa,
no bairro José Regino, em Bauru, para comprar pão.
No domingo, 22, em audiência de
custódia, a juíza Ana Lúcia Graça Lima Aiello converteu em prisão preventiva a
prisão em flagrante. O ex-prefeito foi transferido para a Penitenciária de
Tremembé. Conforme o delegado, o inquérito deve ser concluído em dez dias.
Interino
Barros de Araújo, do PSDB, exercia o
cargo de prefeito interinamente, depois que a Justiça cassou o registro da
chapa vencedora da eleição municipal de 2016. Após sua prisão, a Câmara o
afastou do cargo, nomeando outro interino. Uma nova eleição está marcada para o
dia 3 de junho. O político também foi expulso do PSDB.
O advogado Humberto Pastrello, que
acompanhou Araújo durante a prisão em flagrante, informou que não cuida mais do
caso. O novo advogado que chegou a ser contatado pela família do acusado, Edson
Roberto Reis, informou nesta quarta-feira, 25, que não assumirá a defesa dele.
Familiares do ex-prefeito foram procurados, mas informaram que não falariam
sobre o caso.
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