Agentes cumprem 10 mandados de prisão em
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Maranhão e Acre
Luiz Vassallo e Fausto Macedo
O Estado de São Paulo
A Polícia Federal cumpriu 10 mandados de
prisão preventiva, nesta quinta-feira, 26, na segunda fase da Operação
#UNDERGROUND 2, que mira distribuição de pornografia infantil. Segundo
informações da corporação, quatro dos encarcerados são de São Paulo e os outros
são de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Maranhão e Acre. A ação
também cumpre 11 alvos de busca e apreensão.
A primeira fase foi deflagrada em abril
de 2017, e chegou a prender 21 investigados, entre eles, estrangeiros, cujos
dados foram encaminhados, por meio da Interpol, para os países onde moram. A
ação revelou não somente o compartilhamento de materiais pornográficos infantis
em grupos de aplicativos de celular, mas também indícios de que alguns dos
investigados produziam o material compartilhado.
Segundo a PF, ‘após a deflagração da
primeira fase’, em abril de 2017, ‘foram realizadas novas investigações na
DEEPWEB, que resultaram na identificação de um grupo de produtores de material
de exploração sexual infantil’.
“Por meio de modernas técnicas de
investigação digital no ambiente da DEEPWEB, desenvolvidas pela própria Polícia
Federal, chegou-se a um grupo com ações em abrangência nacional, integrado por
13 pessoas, que se comunicavam em ambiente cibernético, onde ocorria o comércio
das imagens ilícitas”, afirma a corporação, por meio de nota.
A PF dá conta de que ‘grande parte dos
envolvidos efetivamente abusava sexualmente de crianças, registrando as
imagens’.
“Numa segunda etapa, reuniam-se em salas
virtuais dedicadas à pedofilia, onde trocavam, vendiam ou simplesmente
disponibilizavam os arquivos ilícitos. Algumas das vítimas já foram
identificadas, quando ficou demonstrado que o agressor é, no mais das vezes,
pessoa do convívio da família da vítima, ou mesmo parte dela”, revela.
O crime de publicação de imagens de
pornografia infantil prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão. Já o estupro de
vulneráveis prevê de 8 a 15 anos de prisão.
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