Entidade pede a saída imediata do atual
presidente da Petrobras, Pedro Parente
Por Marlen Couto
O Globo
A Federação Única dos Petroleiros (FUP),
representante de empregados da Petrobras, decidiu entrar em greve a partir de
0h da próxima quarta-feira. A paralisação nacional deve durar 72 horas.
A lista de reivindicações inclui baixar
os preços do gás de cozinha e dos combustíveis e a saída imediata do atual
presidente da Petrobras, Pedro Parente. O movimento também é contra a
privatização da empresa.
"A greve de advertência é mais uma
etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma
greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria.
Os eixos principais do movimento são a redução dos preços dos combustíveis, a
manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das
importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte da
Petrobrás e pela demissão de Pedro Parente da presidência da empresa", diz
o comunicado divulgado pela entidade neste sábado.
A federação também critica a presença
das Forças Armadas nas refinarias, o que classifica como "grave ataque ao
Estado Democrático de Direito", e exige a saída das tropas militares das
intalações da Petrobras.
Neste domingo, segundo a FUP, as trocas
de turnos serão atrasadas em quatro refinarias e fábricas de fertilizantes que
estão em processo de venda: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap
(RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia. Na segunda-feira, serão
realizados atos públicos e mobilizações na Petrobras.
Neste sábado, trabalhadores da Refinaria
da Petrobras Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, no Rio Grande do Sul,
decidiram não fazer a troca do turno das 7h em solidariedade ao movimento de
greve dos caminhoneiros. Não houve também a troca do turno que seria às 16h. A
refinaria, contudo, continua operando normalmente com as equipes que não foram
rendidas em seus respectivos turnos.
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