Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 19 de junho de 2018

Empresário piauiense preso pela PF aparece em vídeo assediando mulher na Rússia

Luciano Gil é acusado de improbidade administrativa e já foi preso em operação da Polícia Federal por desvio de dinheiro público.
de O Dia/Teresina

Um vídeo que repercutiu nacionalmente e internacionalmente, em que um grupo de brasileiros aparece assediando sexualmente uma mulher na Rússia, surpreendeu moradores da cidade de Jaicós, localizada a 364 km de Teresina, pois um deles é o empresário Luciano Gil Mendes Coelho, natural daquele município. O grupo de torcedores brasileiros aparece proferindo palavras de cunho sexual para uma mulher que não compreende o português durante a Copa do Mundo.

No vídeo compartilhado através das redes sociais, um grupo de pelo menos seis brasileiros aparece ao redor de uma mulher de nacionalidade não identificada. Pelas imagens é possível perceber que a mulher sorri e não compreende o português, enquanto os homens a cercam e gritam palavras fazendo referência ao órgão genital dela. “É bem rosinha!”, diz o grupo.

As imagens repercutiram negativamente nas redes sociais. O vídeo compartilhado através do Facebook recebeu vários comentários negativos de moradores da cidade de Jaicós. Uma das mulheres que comenta a postagem chega a dizer que o comportamento é do empresário não é surpresa. “Isso é desrespeitoso de todas as maneiras. Esse jaicoense é dono disso”, diz ela.
Luciano Gil é ex-inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) e já foi preso pela Polícia Federal em uma operação que tinha como objetivo desarticular um esquema de desvio de dinheiro público por meio da fraude em licitações na prefeitura de Araripina, Estado do Pernambuco, em maio de 2015.

Na ocasião, a PF informou que havia um acordo entre as empresas para fraudar as licitações. Através da análise dos quadros societários das empresas licitantes e vendedoras, ficou comprovado que as mesmas possuíam empregados domésticos e parentes dos principais envolvidos no esquema. Com a assinatura do contrato, a vencedora não executava a obra, mas as empresas de propriedade de parentes de algum político do município. De acordo com a PF, outras ilegalidades também foram identificadas na investigação.

A reportagem do O DIA entrou em contato com Luciano Gil por telefone e por meio do aplicativo Whatsapp, mas não obtivemos retorno até a publicação deste material. O DIA reitera que o espaço continua aberto para quaisquer esclarecimentos a respeito do ocorrido.

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