O delegado Ederson Martins, que responde
pela Delegacia Regional da Cidade de Santa Inês, está sendo acusado de abuso de
autoridade por ter dado voz de prisão e conduzido coercitivamente uma agente penitenciária que estava de
serviço na Unidade Prisional de Ressocialização.
A agente Adriana Roma foi retirada de
seu local de trabalho e conduzida pelo próprio delegado no camburão de uma viatura da
Polícia Civil. O caso ocorreu por volta de 18h de terça-feira (02).
Segundo Márcio de Deus, membro do
Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão, na
última terça-feira (02), por volta de 15h, a agente estava de plantão na
permanência da UPR/Santa Inês, quando uma escrivã de Polícia Civil adentrou para
fazer o interrogatório de um detento, sendo que sua passagem foi prontamente
concedida, assim também como de um agente policial que lhe acompanhava.
Ao perceber a irregularidade, a agente
penitenciária Adriana Roma se dirigiu aos dois, solicitando que se submetessem
ao processo de revista. De acordo com a versão do sindicato, a escrivã se
sentiu constrangida por ser obrigada a, inclusive, se agachar durante revista
intima e vexatória, fato, que é negado, veementemente, pela agente
penitenciária.
“Esse tipo de revista já está proibido
pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). No caso da
revista da escrivã, foi feita na sala e o procedimento durou menos do que
cinquenta e cinco segundos. Isso não é tempo hábil para que ela tirasse as
vestimentas, como alegou”, disse Adriana em áudios divulgados nas redes
sociais.
Após passar pela revista, a escrivã
interrogou o detento normalmente e deixou o prédio da UPR.
Horas depois, por volta das 18 horas, o
delegado Ederson Martins entra no local questionando quem seria a agente
Adriana e, de imediato, lhe deu voz de prisão por desacato.
“Eu me levantei da cadeira e ele pegou
meu braço com truculência, torceu meu braço. Eu resisti porque aquilo foi uma
surpresa, uma prisão ilegal, eu fiquei abalada. Fui imobilizada por ele e ainda
vieram mais dois policiais que me agarraram pelos braços e pernas e me
conduziram diretamente para a viatura da Polícia Civil. Fui conduzida por um
camburão, como o pior bandido”, desabafa a agente.
Acredita-se que a Secretaria de Estado
da Segurança (SSP) deverá abrir procedimento administrativo para apurar a
conduta do delegado. Até o momento, a Secretaria de Administração não se
posicionou sobre o caso.
A agente Adriana Roma, que é natural de
Teresina/PI, foi trazida para a Seap e disse que não pretende mais continuar lotada
em Santa Inês, mas seu chefe imediato teria dito que ela continuará exercendo
suas funções na mesma Unidade Prisional.
Revoltados com a situação, os agentes
penitenciários prometem fazer manifestações contra essa ato arbitrário do
delegado.
Com informações do Blog do Sérgio Matias
Agora como jornalista, procure saber a outra versão!!!
ResponderExcluirSe vc que são do sistema se revoltam com esta atitude imagina nos reles mortais, que convivemos quase que diariamente com isso. Sem maldade, é bom sentir um pouco na pele. E agora será que vai ter corporativismo para o Delegado? Fiquem de olho Sindicato.
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