No primeiro vídeo, divulgado nas redes sociais, o coronel das forças armadas, Carlos Alves, ameaçou a
ministra do STF e presidente do TSE Rosa Webber, após a corte aceitar denúncia
de crime eleitoral cometido pela campanha de Jair Bolsonaro.
De imediato, na terça-feira (23), o
Supremo Tribunal Federal pediu que a Procuradoria-Geral da República investigue
o vídeo com ofensas à ministra Rosa Weber e outros integrantes do STF. A
Polícia Federal já está no caso.
No início da sessão da Segunda Turma, o
ministro mais antigo do Supremo, Celso de Mello, rebateu as ofensas feitas pelo
coronel da reserva Carlos Alves. A identidade dele foi confirmada pelo comando
do Exército.
No vídeo, o coronel ofende vários
ministros da corte e faz ameaças violentas caso o Supremo tome decisões judiciais
contra o candidato Jair Bolsonaro, do PSL.
Celso de Mello afirmou que o autor do
vídeo ofendeu com “palavras grosseiras e boçais” a honra principalmente da
ministra e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber, que tem
“honorabilidade inatacável”.
“O primarismo vociferante desse ofensor
da honra alheia faz-me lembrar, senhor presidente, daqueles personagens
patéticos que, privados da capacidade de pensar com inteligência, optam por
manifestar ódio visceral e demonstrar intolerância radical contra os que
consideram seus inimigos, expressando, na anomalia dessa conduta, a
incapacidade de conviver em harmonia e com respeito pela alteridade no seio de
uma sociedade fundada em bases democráticas”, disse Celso de Mello.
Os ministros Cármen Lúcia e Luiz Edson
Fachin também defenderam o Supremo e os juízes.
“Tudo o que atinge um de nós, atinge
todo o tribunal como instituição, que é muito mais importante do que cada um,
mas, principalmente, que se preserva pela atuação ética, correta, honesta e séria
de cada juiz desta casa, que tem tentado exatamente agir de acordo com lei e
espera isso de cada cidadão brasileiro”, declarou Cármen Lúcia.
Mostrando que não se intimidou com a reação
imediata de ministros do STF, o coronel aumentou o tom das críticas e ameaças,
também em vídeo publicado no youtube. O alvo agora é o ministro Gilmar Mendes.
Ele chega a dizer que ministros cobram
subornos e propinas.
A ditadura está batendo às portas. Todo
o cuidado é pouco!
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