Por James Maxwell Fernandes Araújo
Jornalista e professor
universitário
"Um
povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la" (Edmund
Burke).
Não é mentira, nem exagero! Vladimir
Herzog, jornalista, professor e dramaturgo, foi torturado e assassinado em
1975, dentro do quartel-general do II Exército, em São Paulo, comandado pelo
general Ednardo D'Ávila Mello.
Herzog, que não desempenhava nenhuma
atividade clandestina, foi morto por exercer o direito à livre manifestação do
pensamento. Por exercer a crítica e a contestação política. Como muitos outros,
foi torturado e assassinado por ter demonstrado coragem para enfrentar os
governos fascistas.
Este mesmo direito é plenamente exercido
hoje por Jair Bolsonaro, que pretende ter exclusividade sobre ele e ameaça com
a tortura e o silenciamento aqueles que o reivindicam, uma característica
fundamental e inequivocamente fascista.
Não podemos permitir que o candidato
Jair Bolsonaro e seus seguidores neguem e apaguem da história as atrocidades
cometidas pelos governos militares. Pesquisem e publiquem mais exemplos.
Bolsonaro, sim, se aproveita da
ignorância (falta de informação) e da estupidez (falta de discernimento) de
pessoas que nunca abriram um livro de História do Brasil, porém, demonstram
impressionantes convicção e eloquência em suas opiniões, formadas,
exclusivamente, com base nos conteúdos das redes sociais. Os mesmos conteúdos
que foram objeto de grave denúncia nos últimos dias.
"Para que o mal triunfe basta que
os bons fiquem de braços cruzados" (Edmund Burke).
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