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Polícia Federal apura o desvio de cerca de R$ 2 milhões do sistema estadual de
Saúde, entre 2011 e 2013.
Por G1 MA
O ex-secretário de Saúde do Maranhão
Ricardo Murad é alvo de uma operação que apura desvios de recursos públicos. A
Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quinta-feira (18), um mandado de
prisão contra ele, que é cunhado de Roseana Sarney, ex-governadora do estado.
Murad não estava em casa no momento em que agentes chegaram, mas se apresentou
à PF, segundo a TV Mirante.
Trata-se de uma nova fase da Operação
Sermão dos Peixes, chamada de Peixe de Tobias (6ª Fase).
A PF apurou indícios de que, entre os
anos de 2011 a 2013, aproximadamente R$ 2 milhões destinados ao sistema de
saúde estadual foram desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz
(MA). A polícia verificou ainda pagamentos mensais a blogueiros.
O advogado de Ricardo Murad, Marcos
Lobo, disse ao G1 que ainda não teve acesso à decisão judicial e que não pode
respoder sobre o caso.
A prisão de Murad já havia sido pedida
em 2015, mas foi negada pelo juiz federal Roberto Carvalho Veloso.
Outra
operação
A Polícia Federal também deflagrou uma
nova operação para apurar vazamento de informações da primeira fase da Sermão
aos Peixes. Ela é chamada de Abscondito II e foi iniciada em 2016. A PF avançou
na investigação sobre o vazamento e reuniu prova de que os membros da
organização criminosa conseguiram cooptar servidores públicos para a obtenção
de informações privilegiadas. Depois, destruíram e ocultaram provas.
Além disso, violando medidas cautelares
impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um dos investigados teria
dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros para impedir
que fosse decretada a perda de tais bens.
Mandados
judiciais
Ao todo, considerando as duas operações,
foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão
temporária e um mandado de prisão preventiva.
As pessoas investigadas poderão
responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização
criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados. Após os procedimentos
legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde
permanecerão à disposição da Justiça Federal.
As diligências estão sendo realizadas em
seis cidades: São Luís, Imperatriz, no Maranhão, Parauapebas, no Pará, Palmas,
no Tocantins, Brasília, no Distrito Federal e Goiânia, em Goiás.
Foi determinado o bloqueio judicial e
sequestro de bens num valor total que supera R$ 15 milhões.
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