Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Onix anuncia fim do Ministério do Trabalho


O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PSL), anunciou que o Ministério do Trabalho será desmembrado e suas atribuições irão para as pastas de Economia, Justiça e Cidadania.

"Na verdade, o atual ministério do Trabalho como é conhecido ficará uma parte no ministério do doutor Sérgio Moro (Justiça), outra parte com Osmar Terra (Cidadania) e outra parte com o Paulo Guedes, lá no ministério da Economia, para poder tanto a parte do trabalhador e do empresário dentro do mesmo organograma", disse Lorenzoni durante entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (3).

"Uma parte vai ficar com o ministro Moro, que é aquela parte da concessão de carta sindical, a face mais visível e que a imprensa brasileira registrou por inúmeras vezes os problemas que ocorriam naquela pasta, de desvios, problemas graves de corrupção. Então, aquele departamento ou secretaria do ministério do Trabalho que cuida disso vai lá pro doutor Moro", completou.

O anúncio do fim do Ministério do Trabalho é mais um recuou de Bolsonaro na montagem do primeiro escalão da futura gestão. Em novembro, depois da polêmica criada pela possibilidade de extinção da pasta, Bolsonaro afirmou que o ministério seria mantido.

"O Ministério do Trabalho vai continuar com status de ministério, não vai ser secretaria. Vai ser Ministério ‘Disso, Disso e do Trabalho’, como o Ministério da Indústria e Comércio”, disse na ocasião.

Questionado sobre a competência de fiscalizar o trabalho escravo no país, Lorenzoni disse "achar" que esta atribuição ficarão sob responsabilidade do Ministério da Justiça. Ainda segundo o futuro ministro, o governo Bolsonaro deverá ser formado por 22 ministérios, contra os 15 anunciados durante a campanha eleitoral.

Os dois últimos ministérios, de acordo com o parlamentar, seriam "eventuais' e poderiam ser extintos a qualquer momento. Um deste ministérios temporários seria o do Banco Central, que perderia o status com a aprovação do projeto de autonomia da instituição. O outro seria a Advocacia-Geral da União (AGU), que perderia o status ministerial por meio de uma mudança constitucional que ainda deverá ser apresentada.

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